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Venda de imóveis novos em SP cai 16% em março, diz Secovi

Já em relação a fevereiro deste ano, houve alta de 28%. Com isso, o primeiro trimestre do ano registrou a venda de 2.856 unidades.

Fonte: G1 ECONOMIA - 10/05/2016 às 09h05

Em março, o número de imóveis novos vendidos em São Paulo chegou a 1.070 unidades - uma queda de 16% em relação ao mesmo mês de 2015. Já na comparação com fevereiro deste ano, foi registrada alta de 28%. Os números foram divulgados pelo sindicato da habitação (Secovi) nesta terça-feira (10).


Com isso, o primeiro trimestre do ano registrou a venda de 2.856 unidades. O valor é 4,4% acima do verificado no mesmo período de 2015. No entanto, o resultado ficou abaixo da média de 5,5 mil unidades escoadas entre 2004 e 2015.


Em março, o valor global de vendas (VGV) foi de R$ 645,7 milhões, queda anual de 10,5% e alta de 43,5% sobre fevereiro.

 

"Os primeiros três meses do ano mantiveram a tendência observada ao longo de 2015, de comercialização de unidades com tíquete baixo, predominantemente de dois dormitórios, o que resultou na diminuição do montante vendido na cidade de São Paulo”, disse em nota o presidente do Secovi, Flavio Amary.


Em março, foram lançadas 565 unidades residenciais na capital paulista, queda anual de 26,9%. Em relação a fevereiro, no entanto, os lançamentos cresceram 230%, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), citados pelo Secovi-SP.


No trimestre, o volume de 1.692 unidades lançadas foi 23% menor que em relação ao mesmo período de 2015, ficando no menor patamar para o período desde 2004, quando foi adotada a atual metodologia, disse o Secovi.


A queda nos lançamentos está relacionada à falta de confiança no ambiente político e econômico brasileiro, além das mudanças na legislação urbana de São Paulo, segundo o sindicato. As empresas do setor também precisam gerar caixa e reduzir estoque.


Caso o processo de impeachment seja concluído, a expectativa do Secovi é de que um ajuste fiscal promova gradativamente a confiança dos agentes do mercado imobiliário e dos consumidores.


"Sendo assim, nos próximos meses, poderemos ter um aumento nos lançamentos e, consequentemente, na demanda de imóveis novos em São Paulo", disse Amary.


Ainda segundo o Secovi-SP, a cidade de São Paulo encerrou março com 25.823 imóveis residenciais disponíveis para venda, volume abaixo da média dos últimos 12 meses, de 27 mil unidades.
 

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