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Transformação digital dos negócios desafia o mercado

04/11/2015 às 11h53

A transformação digital dos negócios com base na capacidade das tecnologias de informação e telecomunicação (TICs) foi um dos temas de destaque da Futurecom 2015. Mesmo segmentos maduros na transformação digital, como varejo e sistema financeiro, são desafiados continuamente por contínuas inovações e novos players que chegam ao setor. O país coleciona mais de 30 meios de pagamento diferentes, todos apoiados na tecnologia digital.


Até empresas mais analógicas abraçaram a era digital. Um dos exemplos é a Ipiranga. A companhia adotou o sistema eletrônico de vendas pela internet em 1998 e hoje mais de 95% dos pedidos que recebe de 7,3 mil postos de combustível em todo o país são online.


Outra inovação proporcionada pela tecnologia digital é a possibilidade de relacionamento direto com o automobilista, já que a regulamentação do setor não permite a operação de postos próprios.


O alcance foi garantido por meio do programa de fidelidade KM de Vantagens, que reúne mais de 20 milhões de participantes e registra em média 8 milhões de transações entre acúmulos e resgates de pontos a cada dia. O programa permitiu à marca identificar o motorista e conhecer seus hábitos de consumo, inclusive além do combustível. A tecnologia também tornou viável fornecer prêmios para resgate de pontos em 2 milhões de transações diárias para compra de crédito de telefonia e até mesmo um posto na web inimaginável poucos anos atrás, mas que hoje vende mais de 500 mil litros de combustível ao mês. "É uma série de ações que exploram o potencial da tecnologia para viabilizar a estratégia de fazer do posto um centro de conveniência. A ideia é marcar presença na vida do consumidor oferecendo desde venda de geladeira a passagens e aluguel de carro, por meio das mais de 60 parcerias que a era digital permitiu construir", aponta Plinio Lehman, CIO da Ipiranga.


A própria Telefônica Vivo também se beneficia da transformação digital. Segundo a CIO Christiane Edington, uma das questões é assumir a transversalidade e as possibilidades de parcerias proporcionadas pelo novo cenário. Exemplos de novos negócios são os mais de 80 aplicativos que a empresa disponibiliza em seu marketplace, como serviços voltados a saúde, finanças ou conhecimento para estimular a venda de SMS.


Internamente, segundo ela, a transformação é trabalhada por níveis. Na área de commodities, foi traduzida em movimentos como consolidação de datacenter e investimentos em cloud e virtualização. Sistemas de suporte (back office) foram digitalizados e, já na ponta voltada ao consumidor (front office) as iniciativas são praticamente inesgotáveis. O pano de fundo é o investimento em big data. "Já temos dois petabytes de dados disponibilizados no sistema Hadoop. No fim do ano que vem, serão 16 petabytes", informa.


Além do aprofundamento de informações sobre os hábitos de clientes, a empresa lança iniciativas para monetizar o big data, como o aplicativo Vivo Easy, para sustentar a interação dos clientes com a companhia, que estreia nesta semana. O app tem capacidade de otimizar o call center e permitirá aos clientes acesso a dados como consumo real de dados, acesso a conta e contratação de serviços.


Joaquim Kiyoshi Kavakama, presidente da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), explica que a instituição vive o dilema entre garantir eliminação total de erros e buscar inovação. "Talvez tenhamos de repensar o desenho", diz. A ideia é juntar pessoas de negócios com desenvolvedores, criar grupos com líderes de projetos para trazer diversidade para a organização. "Em inovação, tem de haver o erro", defende.


Uma dificuldade, segundo ele, é conciliar segurança e facilidade. Pesquisa realizada com indivíduos na faixa dos 20 anos indica o desejo do grupo de fazer transações bancárias empregando usuário e senha do Facebook. "O pulo do gato para autenticação simplificada deve ser o uso de autenticação biométrica com tecnologias de criptografia em rede, como a utilizada pela Bitcoin", analisa Joaquim.



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