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Tesouraria impulsiona lucro do Bradesco

01/08/2014 às 16h19


Tesouraria impulsiona lucro do Bradesco


Mesmo com uma expansão mais lenta do crédito, o Bradesco registrou um lucro líquido de R$ 3,78 bilhões no segundo trimestre deste ano, valor 28,1% maior do que em igual período de 2013. Na comparação trimestral, a alta foi de 9,7%.


Classificado por analistas como "forte", "grande" e "impressionante", o lucro do segundo maior banco privado do país teve como um de seus principais alicerces ganhos financeiros vindos da carteira de títulos e das operações de tesouraria do banco.


A chamada margem financeira do Bradesco atingiu R$ 12,1 bilhões, com crescimento de 14% ante igual período de abril a junho do ano passado. É uma expansão que supera o avanço do estoque de empréstimos.


Isoladamente, as transações de tesouraria renderam R$ 212 milhões no segundo trimestre, quase R$ 200 milhões a mais do que um ano antes. Mas outras contribuições vieram de ativos atrelados à inflação e de títulos de renda fixa.


Esses ganhos compensaram uma evolução mais vagarosa do crédito, e até o aumento das despesas com calotes no trimestre. O Bradesco encerrou junho com o menor ritmo de expansão de sua carteira de crédito dos últimos 18 trimestres, segundo levantamento feito pelo Goldman Sachs.


O estoque de empréstimos do segundo maior banco privado do país encerrou junho em R$ 328,7 bilhões, com alta de 7,6% na comparação com igual mês do ano passado. A cifra considera apenas os empréstimos classificados de acordo com a metodologia do Banco Central.


O fraco desempenho do crédito no Bradesco tem como duas principais causas os desembolsos para compradores de veículos e para pequenas e médias empresas.


O estoque para companhias de menor porte alcançou R$ 105 bilhões, com avanço de 3,2% na comparação com igual período do ano passado. No caso do financiamento de veículos para pessoas físicas, houve um recuo de 13,8% em 12 meses, para R$ 25,2 bilhões.


Para Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, os desembolsos voltarão a acelerar. "O crédito tende a crescer até o fim do ano", disse ele a jornalistas.


A avaliação é que o crédito consignado, o financiamento imobiliário e uma maior demanda das empresas por empréstimos para formação de estoques para o fim do ano vão sustentar o movimento. Por isso o banco mantém a projeção de uma expansão de 10% da carteira de crédito ampliada - que inclui também avais, fianças e debêntures - em 2014. Até junho, a alta foi de 8,1%.


Até agora sem poder depender tanto do crédito para incrementar seus resultados, o Bradesco também se esforçou para vender mais serviços aos clientes e para conter suas despesas, o que também contribui para o lucro maior.


A operação de seguros, que responde por cerca de 30% do resultado do banco, teve um lucro líquido de R$ 1,072 bilhão, 15% maior que um ano atrás, apesar do crescimento tímido das receitas com prêmios de seguros, arrecadação de previdência e títulos de capitalização, que tiveram avanço de 5,7% no trimestre, para R$ 13,9 bilhões.


A alta no lucro foi garantida tanto pela melhora do resultado operacional quanto financeiro. O resultado com a aplicação das reservas técnicas avançou 29,3% em 12 meses, para R$ 1,098 bilhão, ajudado em grande parte pelo aumento da Selic no período.


No acumulado do primeiro semestre, o avanço da arrecadação foi de 5,2%, abaixo da meta que o Bradesco tem neste ano para a operação de seguros, que é de crescimento entre 9% e 12%.


O segmento de planos de previdência, que responde por 40% do faturamento, continua limitando o crescimento do grupo. Enquanto quase todos os ramos cresceram dois dígitos, a arrecadação de previdência recuou 5,5% no trimestre. A operação de saúde avançou 19%, a de automóveis e danos cresceu 29% e a de vida, 11%.


Segundo os últimos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o faturamento do setor recuou 1% de janeiro a maio. O fraco desempenho do mercado no começo do ano fez com que a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg) revisse a sua projeção de crescimento do setor em 2014, de 15% para 10%.


 




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