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Taxa cresce em todo o País, mas varia bastante entre regiões

25/11/2015 às 10h33


Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) mostram que o desemprego aumentou em todo o país, mas as taxas são bastante díspares. A desocupação chega a 17% na região metropolitana de Salvador (BA) e é de 4,9% na região metropolitana de Florianópolis (SC).


Enquanto na média do país a desocupação subiu para 8,9%, em oito Estados a taxa já passa de 10%. Em Santa Catarina, a situação ainda é de quase pleno emprego, com taxa de 4,4%. A maior taxa estadual é da Bahia, com 12,8%.


A região Sul ainda mantém a menor taxa de desemprego do país, com média de 6% no trimestre de julho a setembro deste ano, um aumento de 1,8 ponto percentual em relação ao ano passado. Proporcionalmente, a taxa de desemprego subiu menos nessa região, ante uma média nacional de 2,2 pontos (no mesmo trimestre do ano passado, a taxa nacional de desemprego foi de 6,8%).


Os dados da Pnad mostram, contudo, que apesar dessa taxa mais amena, é no Sul que a ocupação tem caído mais e o número de desempregados aumentou proporcionalmente mais. No país todo foram fechadas 179 mil vagas entre o terceiro trimestre de 2014 e igual período deste ano, um resultado bastante atenuado pelo forte aumento da ocupação por contra própria.


Sem essas vagas, o desemprego seria muito maior. Desse total de 179 mil ocupações a menos, 115 mil vagas foram fechadas no Sul e outras 96 mil no Centro-Oeste, enquanto Norte e Nordeste, por exemplo, ainda criaram algum tipo de emprego. O Sul tinha, no ano passado, 9,6% dos desempregados do país. Hoje possui 12% deles.


Duas diferenças explicam a piora mais acentuada do emprego no Sul. Na média do Brasil, o emprego doméstico aumentou e o emprego familiar também, nas no Sul isso não aconteceu.


Como consequência da piora na ocupação, a renda também caiu mais no Sul que na média do país. O rendimento médio real no Brasil ficou estável no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, mas no Sul caiu 2%.


A maior queda da renda real, contudo, foi no Norte, onde chegou a 3%. No Sudeste, subiu 1,7%, puxada pela incrível alta de 12% no Rio, Estado onde a capital também ainda não sentiu o desemprego. A taxa passou de 4,8% no terceiro trimestre de 2014 para 5,1% em igual período deste ano, quando a renda real subiu 16%.



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