A maior corrida ocorreu no dia da prisão do banqueiro, no
total de R$ 5,1 bilhões. No dia seguinte, o volume resgatado caiu para R$ 2,7 bilhões
e, na sextafeira, para R$ 1,4 bilhão.
O levantamento, que vai até o dia 27, exclui os chamados fundos
"feeders" (espécie de matriz em que outros fundos aplicam) para evitar
dupla contagem.
Os fundos que registraram os maiores resgates foram os de renda fixa voltados a
poucos clientes, mas com valores elevados aplicados. São fundos de curto prazo
utilizados para gerir o fluxo de caixa de empresas e de clientes.
SANGRIA MENOR Clientes reduzem ritmo de resgate de fundos BTG Por outro lado,
a sangria foi menor entre os investidores de pequeno porte nos fundos
distribuídos para clientes de corretoras e de outros bancos. Há fundos do BTG
Pactual com tíquete mínimo a partir de R$ 3.000.
INDEPENDÊNCIA
O volume de resgates voltou a subir na segunda (30), segundo fontes, após o STF
manter a prisão de Esteves. Para conter a sangria, os gestores do BTG Pactual
se reuniram com as principais corretoras que comercializam os fundos do banco, como
a XP Investimentos e a Easynvest, para tranquilizar os cotistas. O principal
argumento é que a gestora é separada do banco, tendo time de economistas e de
analistas independentes da instituição.
Para fazer frente a eventuais saques, os gestores têm procurado vender papéis
de bancos de primeira linha como Bradesco e Itaú, que são fáceis de comercializar
e não sofrem desconto de preço.
Em meio aos saques, a Moody's reduziu na noite desta terça (1º) a nota de risco
do BTG, de baa3 para ba2, e anunciou que poderá rebaixá-la novamente. Segundo
a agência, a prisão de Esteves deixou o banco exposto e pode afetar sua
rentabilidade.
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