Últimas
Notícias
Restrição de crédito e desemprego reduzem nº de famílias endividadas
Percentual de 49% em junho é menor proporção desde abril de 2015. Total de famílias com dívida caiu de 1,92 mi em maio para 1,88 mi em junho.
Fonte: G1 - 11/07/2016 às 10h07A contenção de instituições financeiras na oferta de crédito e receio de desemprego geraram uma redução na proporção de famílias da cidade de São Paulo que se dizem endividadas, segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado (FecomercioSP).
Segundo a pesquisa, que entrevistou cerca de 2,2 mil consumidores, a proporção de famílias endividadas na capital paulista caiu 1,1 ponto percentual em junho sobre maio, para 49%, menor proporção desde abril de 2015. Um ano antes, a fatia de famílias endividadas era de 54%.
Em números absolutos, o total de famílias com algum tipo de dívida diminuiu de 1,925 milhão em maio para 1,88 milhão em junho, ante 1,936 milhão em junho do ano passado.
A pesquisa é realizada mensalmente desde fevereiro de 2004.
"A queda foi motivada pela restrição de crédito imposta pelo mercado e pelo temor do desemprego, que leva as famílias e evitarem novas dívidas", afirmou a FecomercioSP. "As famílias seguem conservadoras e evitando os crediários."
Inadimplência
Enquanto isso, o número de famílias paulistanas com atraso em pagamento de contas foi de 17,6%, uma queda de 1,2 ponto percentual ante maio, mas alta de 2,4 pontos sobre um ano antes.
Segundo a pesquisa, o número de famílias em situação de inadimplência no mês passado na cidade era de 675 mil, das quais 50,3% afirmaram ter débitos vencidos há mais de 90 dias; 22,9% entre 30 e 90 dias; e 25,9% estão com dívidas vencidas há até 30 dias.
Em junho, 7,2% das famílias pesquisadas disseram que não teriam condições de pagar total ou parcialmente suas contas em julho. O percentual era de 6,1% em junho do ano passado. Segundo a FecomercioSP, existem 277 mil famílias paulistanas nessa situação.
Dívidas com cartão de crédito foram citadas por 73% dos entrevistados, seguidas por financiamento de carro (15%), carnês e financiamento imobiliário (ambos com 14,3%), crédito pessoal (14%) e cheque especial (10,9%), segundo o levantamento da entidade.