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Queda na venda de veículos leva setor a cortar vagas
25/04/2014 às 14h34
Queda na venda de veículos leva setor a cortar vagas A redução na produção de veículos já provoca demissões na cadeia do setor automotivo. As dispensas são pulverizadas e atingem principalmente trabalhadores das pequenas empresas, mas compõem um mercado de trabalho radicalmente diferente daquele do início do ano passado. De janeiro a março de 2013, o setor abriu 13,9 mil novas vagas no país. No mesmo período deste ano, fechou 1.071, aponta o Caged. Só no ABC paulista, a indústria de material de transporte eliminou 1.746 vagas no primeiro trimestre. Em Gravataí (RS), onde está a GM, o saldo negativo entre admissões e demissões indica o fechamento de 472 vagas. Em Porto Real (RJ), foram eliminadas 371 vagas. ASSUNTOSRELACIONADOS 1. Crise já cria desemprego no setor automotivo 2. Com mercado em baixa, Volks afasta operários Nas montadoras e grandes fabricantes de autopeças, vários expedientes foram colocados em prática para evitar corte de empregos, como programas de demissão voluntária, licenças remuneradas ou "lay-off". Apesar da queda de vendas e do aumento da ociosidade nas linhas de montagem, as indústrias de veículos evitam demitir porque sabem que ficará caro treinar novamente operários quando o mercado voltar a crescer. A Volkswagen decidiu afastar, por cinco meses, 900 operários da fábrica de São Bernardo (SP). Esses trabalhadores vão passar por cursos de qualificação profissional e terão parte do salário - R$ 1,3 mil - bancada por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A multinacional alemã Continental, um dos três maiores grupos de autopeças do mundo, vai antecipar as férias coletivas de 250 operários - ou cerca de 25% do efetivo. A Cummins, fabricante de motores a diesel, planeja dar férias coletivas de 12 dias em junho na fábrica de Guarulhos (SP). Wagner Santana, do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lista três frentes de negociação para tentar diminuir o efeito da queda da produção sobre o emprego: um programa de renovação da frota de caminhões, crédito para carros com apoio dos bancos públicos e novas regras de proteção do emprego. | |
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