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Que cuidados é preciso ter no financiamento da casa própria? Tire suas dúvidas no EM

Aquisição da casa própria com financiamento exige poupança prévia para entrada. Títulos são opção de investimento e análise é fundamental

Fonte: EM ECONOMIA - 21/02/2017 às 10h02

Ter a casa própria é o objetivo de muitos brasileiros. Para aqueles que querem realizar o sonho, mas não têm condições de pagar pelo imóvel à vista, o financiamento é a única alternativa. Antes de pedir crédito, no entanto, é importante que o comprador conheça as linhas disponíveis, as condições e as taxas de juros para não cair em armadilhas. Avaliar a real necessidade de comprar o imóvel e se há capacidade para arcar com os custos da aquisição, que não se resumem ao financiamento, também é fundamental.

 

O idealizador e sócio do site Jornada do Dinheiro, Leonardo Batistella, explica que se o consumidor tiver o dinheiro para comprar à vista, pode ser um bom negócio alugar uma casa e aplicar os recursos disponíveis. “Com o retorno da aplicação, em 10 ou 15 anos, terá o suficiente para superar o que pagou no período”, diz. A outra opção é adquirir o imóvel como opção de moradia e investimento, pensando na valorização do bem no futuro.

 

Batistella alerta que, ao optar pelo financiamento imobiliário, corre-se o risco de perder o imóvel, caso fique sem ter como pagar as parcelas. “O banco pode tirar a casa e o investidor vai perder tudo o que gastou”, afirma. Além disso, financiamentos longos resultam em pagamento de até três vezes o valor da casa. “Quando termina de pagar, o imóvel está velho e desvalorizado. É preciso comprar em um momento oportuno, por exemplo, quando tiver perto de se aposentar”, orienta.

 

Se o financiamento for a única alternativa para realizar o sonho da casa própria, o especialista recomenda uma poupança suficiente para cobrir a entrada ou boa parte do valor do imóvel, já que é difícil encontrar uma opção de crédito que financia 100% do valor. Para isso, é necessário controlar os gastos e investir em aplicações com boa rentabilidade.


O educador financeiro recomenda investir em títulos bancários, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), ou públicos, do Tesouro Direto. “O que eu mais indico, dos títulos públicos, são aqueles atrelados à inflação. Assim, quanto maior o período aplicado, mais os juros compostos serão usados a favor do comprador”, declara.

 

A economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, ressalta que é necessário analisar a capacidade de pagamento e as condições impostas pelo banco. Ela sugere o uso de simuladores da operação de crédito para analisar as diferenças entre as taxas de juros e prazos para quitar o empréstimo. O servidor público Vinícius Pires, de 33 anos, seguiu a dica à risca. Ele fez um planejamento financeiro para pagar as prestações do empréstimo. “O financiamento vai comprometer 30% do meu salário”, diz. O percentual é o recomendado pelos especialistas, mas Vinícius terá que abrir mão de comprar um carro melhor ou fazer viagens. “Estou fazendo o financiamento com minha esposa. Será a primeira casa e estamos felizes com a conquista”, anima-se.

 

Opções Para quem pode se beneficiar do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) há novidades. O crédito é ofertado pela Caixa Econômica Federal, responsável por 66,8% dos financiamentos no Brasil. Porém, é necessário cumprir uma série de requisitos para conseguir usar o programa. O principal é a renda familiar, a partir da qual são definidos os juros, o prazo e o tipo de imóvel.

 

Recentemente, o governo reajustou as faixas de renda e do limite de financiamento para ampliar o número de possíveis beneficiários. As medidas buscam reaquecer o setor de construção civil, que desacelerou em 2016, perdendo 414 mil postos de trabalho. O objetivo é construir 610 novas unidades do MCMV. O teto de renda aumentou em três categorias: na faixa 1,5, a renda máxima sobe de R$ 2.350 para R$ 2,6 mil; na faixa 2, o teto sai de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil; e, na faixa 3, o salário máximo passa de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. Os subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foram corrigidos em 6,67% nas faixas 1,5 e 2. O financiamento tem prazo máximo de 30 anos.

 

Pelo Sistema Financeiro de Habitação, o consumidor paga a entrada com recursos próprios e financia o restante do valor. Também é possível usar o FGTS para entrada, abatimentos no saldo devedor, abatimento nas prestações mensais ou para quitar o financiamento. Na semana passada, o governo anunciou que o limite do financiamento com recursos FGTS será elevado para R$ 1,5 milhão este ano. Atualmente, o teto é de R$ 950 mil no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e de R$ 800 mil nos demais estados. Para usar o benefício, é preciso ter FGTS há mais de três anos e o imóvel deve ser situado na cidade em que o comprador trabalha. Ela não pode ter outro imóvel na localidade, mesmo que não seja financiado.

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