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Índice recuou 0,3% frente a maio e 3,2% frente a junho de 2014. No semestre, atividade acumula baixa de 6,3%, pior resultado desde 2009.
Depois de ensair uma recuperação em maio, a produção industrial nacional voltou a mostrar resultado negativo ao recuar 0,3% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (4). Em relação ao mesmo mês do ano passado, a atividade fabril caiu ainda mais, 3,2%, a 16ª baixa negativa seguida. No semestre, de janeiro a junho, a indústria acumula retração de 6,3% - o pior resultado desde 2009. A atividade foi impactada pela produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que sofreu redução de quase 21%. Segundo André Luiz Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, os fatores que influenciam o comportamento da indústria em 2015 foram “baixo nível de confiança do empresário, do consumidor, incerteza para investimentos, mercado de trabalho se comportando de forma menos favorável, renda disponível das famílias diminuindo - seja porque tem inflação mais alta ou permanece com comprometimento de outras dívidas - e mercado externo permanecente com comportamento adverso". Apesar de todas as taxas serem negativas em junho, o recuo de 5% no acumulado em 12 meses apresentou uma perda menos intensa do que a observada em maio, -5,3%, e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março de 2014, apontou o IBGE. “A produção volta a operar no campo negativo na margem da série, após ter tido movimento de maior expansão no mês anterior, ainda assim era movimento de redução de ritmo da produção industrial. Até porque ele [o crescimento de 0,6% em maio] tão pouco eliminava, revertia trajetória descendente que a produção industrial vinha demonstrando. Ou seja, a entrada de mais um resultado negativo mantém aquela leitura que já vem mostrando menor ritmo, trajetória descendente há um tempo”, analisou Macedo. Tipos de produção De maio para junho, o que mais influenciou negativamente a queda do indicador foram máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%), além de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%). “São atividades que vêm observando comportamento de redução de jornada de trabalho, férias coletivas, suspensão de contratado de trabalho, tentativas de reduzir a produção para adequar a produção corrente, a demanda e o estoque.” Contribuíram para que a queda não fosse ainda maior os desempenhos da indústria de produtos alimentícios, que cresceu 3%, e dos setores de bebidas (3,6%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%). “Muito desse crescimento [3% dos alimentos] tem relação do complexo de carnes, mais especificamente do setor de aves, que vem mostrando impulso maior. Pode ter relação importante com o próprio aumento da carne bovina, deslocamento de consumo, exportações da carne de aves vem mostrando incremento importante, então, está na base da explicação do movimento mais recente do setor de alimentos.” Entre as categorias econômicas, recuaram bens de consumo duráveis (-10,7%) e bens de capital (-3,3%), "influenciadas, em grande parte, pela menor produção de automóveis e eletrodomésticos, na primeira, e de caminhões, na segunda.".
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