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Para Levy, fraqueza da economia ven de ajuste ainda incompleto

20/07/2015 às 11h12


Em meio a discussões dentro do próprio governo sobre a necessidade de reduzir a meta de superávit primário para este ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a fraqueza atual da economia brasileira decorre das incertezas de não ter um ajuste completo. “As empresas estão reticentes. Se a pessoa não sabe quanto tempo vai demorar o ajuste, ela não tem condições de tomar decisões. Não tomando decisões, diminui o investimento, diminuindo a capacidade da economia”.

Segundo ele, a redução da meta pode dar uma sinalização equivocada, a de que o ajusto terminou. Mas, na verdade, esse processo de ajuste se arrastará por mais tempo. “ (...) as pessoas devem entender que, se você baixa a meta, é porque não está conseguindo alcançar certos objetivos”.

O ministro lembrou que o colchão que havia quando eclodiu a crise financeira mundial, em 2008, para fazer política anticíclica não existe mais, foi “gasto” desde 2009. Por esse motivo, afirmou, a atividade está caindo mais do que o esperado. Nada é certo, você é dono do seu futuro. E dá um recado àqueles que defendem um abrandamento da meta em 2015: se o ajuste não for feito é mais provável que o Brasil tenha sua nota de risco rebaixada por mais uma agência de classificação, a Moody´s. A equipe da empresa esteve semana passada em Brasília colhendo dados para fazer sua avaliação a respeito do rating soberano. Pelo critério da agência, o Brasil tem nota Baa2 e um rebaixamento ainda deixaria o país com status de grau de investimento.





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