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Para BC, aperto na taxa de juros levará

15/06/2015 às 11h58

Alvo de críticas por sinalizar que o ciclo de alta de juros vai continuar mesmo com a forte retração econômica, a equipe do Banco Central diz acreditar "piamente" que a média de crescimento da economia nos próximos quatro anos "será maior" com sua estratégia de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, no fim de 2016.

Em conversas com interlocutores, dirigentes do BC dizem confiar em que a "média do PIB nos próximos quatro anos será maior na nossa estratégia" e que "gradualismo sempre é bom na teoria, dói menos, mas não gera os resultados necessários".

Neste início de segundo mandato, o BC passou a ser alvo de críticas de assessores presidenciais e até de alguns analistas de mercado por "exagerar" na dose de aperto na política monetária, contribuindo para uma freada ainda maior da economia neste ano as previsões do governo apontam para uma retração de 1,2% no PIB, mas no mercado já se fala em 2%.

O tom atual das queixas é oposto ao do primeiro mandato, quando a equipe de Alexandre Tombini foi acusada de ser leniente com a inflação, adotando uma política monetária muito frouxa e gradual, que hoje critica. Resultado: o IPCA ficou sempre perto do teto da meta, de 6,5%.

Em sua nova fase, quando definiu que fará o que "for necessário" para levar a inflação ao centro da meta em dezembro de 2016, o BC diz que, se mudasse sua estratégia por causa do freio da economia, o resultado seria uma "inflação corrente ainda maior do que a de hoje, que já está alta".

Na avaliação interna do BC, a decisão de fixar dezembro de 2016 como ponto para levar a inflação para o centro da meta foi tomada por se tratar de uma data "factível" e "crível", um prazo suficiente para começar a mudar o comportamento dos agentes econômicos sobre a economia.

DÚVIDAS

Analistas duvidam, porém, que o BC conseguirá levar a inflação para 4,5% no fim do próximo ano. As previsões apontam, hoje, que o IPCA ficará em 5,5%, o que é visto no mercado como avanço e poderia levar o banco a parar de subir os juros para evitar uma freada maior na economia.

O BC, contudo, acredita que "ainda não chegou" a seu objetivo e que precisa seguir trabalhando para "maximizar a probabilidade de a inflação convergir para o centro da meta em dezembro de 2016". Ou seja, tem de seguir subindo os juros para derrubar a inflação, que hoje, em 12 meses, está em 8,47%.

A expectativa, porém, é que os modelos do BC indiquem que ele já está se aproximando de seu alvo depois da mais recente alta dos juros, de 13,25% para 13,75% ao ano, no início do mês.

Segundo técnicos, o próximo Relatório de Inflação do BC, a ser divulgado no fim do mês, pode sinalizar que o aumento de juros de junho já pode indicar inflação na casa de 5% em dezembro de 2016. Ou seja, o ciclo de aperto monetário estaria perto do fim.













 








 







 








 








 








 








 








 








 








     


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