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O desafio do Cadastro Positivo para o País

21/05/2007 às 10h42

portal Executivos Financeiros 17/05/2007                                

A Associação Nacional das Instituições de Crédito Financiamento e Investimento (Acrefi) em parceria com a Serasa, empresa privada que possui um dos maiores bancos de dados do mundo e dedica sua atividade à prestação de serviços de interesse geral, promoveram hoje (17/05), o Seminário que abordou o tema: “Desafio do Crédito e Cadastro Positivo.

O cadastro positivo se trata de um histórico da pessoa física, que aponta as qualidades do receptor de crédito como “bom pagador” e poderia trazer benefícios para o mesmo. Para a Serasa fornecer as informações de seu banco de dados às instituições financeiras, é necessário que o cliente seja avisado. Ricardo Loureiro, diretor de Produtos da Serasa disse que devido a isso, a operação se tornou economicamente inviável para o Brasil. “Ainda estamos aguardando a decisão de um projeto de Lei na Câmara, que permite a operação”, explica.

O executivo Ivan Svitek, presidente do Banco GE Capital, instituição financeira que possui uma base de 130 milhões de clientes em todo o mundo e ativos em torno de US$ 200 milhões, deu o exemplo de países da América Latina como a Argentina e o México que possuem cadastro positivo por meio de empresas de tecnologia independentes- a Experían é uma das empresas que atua no segmento. Segundo ele os países que possuem esse cadastro de pessoa física tiveram aumento do PIB. “Uma pesquisa efetuada por um determinado instituto revela que 70% dos bancos entrevistados apontam queda de 25% na inadimplência. Acredito que se o Brasil trabalhar com o bureau positivo, o País irá aumentar os níveis de crédito e reduzir a inadimplência em torno de 50%”, afirmou.

Já o Prof. Dr. Jairo Saddi rebateu a informação. “O bureau positivo poderia reduzir o índice de inadimplência nos bancos, mas também provocaria uma queda na disponibilidade dos mesmos em fornecer crédito a população informal”. Segundo ele, muitas pessoas que hoje tem crédito disponível, não teriam com o cadastro positivo. “ O cadastro pode trazer algum avanço para o País, mas não para a economia”.

Diante de diversas opiniões, o cadastro positivo que já é realidade para muitos países, no Brasil é uma questão duvidosa. Saddi disse que é melhor ter o projeto já existente e aprimora-lo de forma conjunta do que não ter. "Esse é um jogo em que todos devem participar, deixando de lado os aspectos concorrenciais", finaliza.

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