Nubank pode ser financeira

O presidente Michel Temer assinou um decreto que permite que o Nubank possa ter uma empresa financeira. A fintech, que ficou conhecida pelos cartões roxos e a ausência de anuidade, no entanto, não pode ainda operar como um banco. Na prática, a medida significa que o Nubank deixa de ser um correspondente e ter parcerias com bancos brasileiros, para montar a estrutura de captação de recursos e oferta de crédito, mesmo sendo uma instituição com capital 100% estrangeiro.
 
O pedido para se transformar em financeira foi feito pelo Nubank há dois anos e a assinatura do decreto presidencial mostra que o governo considera relevante para a economia a própria Nubank e outras companhias com o mesmo perfil. Controlada por uma holding sediada nas Ilhas Cayman, o Nubank  já recebeu investimentos de 179 milhões de dólares e a empresa foi avaliada em 500 milhões no início de 2016.
 
Para quem não acompanhou, o Nubank revolucionou o segmento de cartões de crédito no Brasil. Não apenas pela ausência da anuidade, mas por uma plataforma moderna, 100% digital, e uma política agressiva de relacionamento com o cliente, pautada especialmente pela praticidade. As fintechs, empresas do segmento financeiro que usam a tecnologia para mudar a forma de fazer os negócios, vêm revolucionando vários segmentos deste mercado, provocando também mudanças na forma de agir e pensar dos bancos.
 
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