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Nova regra para crédito imobiliário deve reduzir taxa para imóveis mais caros
Bancos devem aumentar a oferta para compras de até R$ 500 mil
20/08/2018 às 03h08A nova regra para a concessão do crédito imobiliário aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ao que tudo indica, poderá reduzir as taxas de juros para imóveis mais caros. A mudança estimula os bancos a aumentarem a oferta para imóveis de até R$ 500 mil e segrega o Sistema de Financiamento e da Habitação (SFH), incrementado à Carteira Hipotecária (CH).
A alteração anunciada em julho acaba com a distinção de funding entre o Sistema de Financiamento e da Habitação (SFH) e a Carteira Hipotecária (CH). Hoje, o SFH é utilizado em operações em que o comprador paga parte do imóvel com o recurso do FGTS, sujeito ao teto de preços definido pelo governo, que varia de R$ 800 mil a R$ 950 mil. Já a Carteira Hipotecária é usada para concessão de créditos aos imóveis acima do teto. Atualmente, a taxa média estabelecida para o SFH é de 8,9%, e o da CH é de 9,3% ao ano. Com a mudança, os bancos terão de destinar os 80% que investiam em operações do SFH para imóveis residenciais.
O Itaú Unibanco se antecipou quanto aos novos trâmites do crédito imobiliário. O Banco pretende arcar com a diferença do custo de funding entre o SFH e a CH até o início de 2019. "Num momento de retomada do mercado, achamos que seria uma boa medida nos anteciparmos à mudança nas regras de direcionamento", afirma Cristiane Magalhães, diretora de crédito imobiliário do Itaú.
Este cenário, dentro dos financiamentos imobiliários, deve recuar a taxa de juros para imóveis de até R$ 500 mil, um peso maior para as instituições aumentarem os recursos para esta modalidade de crédito. "A medida estimula os bancos a fazerem mais operações onde se concentra o déficit habitacional", explica Leandro Diniz, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco. Junto ao Bradesco, o Santander também cogita investir nos recursos do FGTS para garantia do setor.
Para saber mais acesse https://www.valor.com.br/financas/5739249/taxa-de-imovel-mais-caro-deve-cair-com-nova-regra