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Nova meta fiscal amplia agonia do governo até 2018

24/07/2015 às 09h37

Economistas afirmam que governo errou ao prever estabilização da dívida já em 2016, mesmo diante da trajetória de alta dos juros
Em 2015, o governo basicamente gastará mais do que no ano passado e não conseguirá fazer uma grande economia para pagar os juros da dívida. Essa foi a mensagem transmitida nas entrelinhas do anúncio de quarta-feira, em que os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa reduziram de 1,1% para 0,15% a meta fiscal, além de cortarem também as metas de 2016 e 2017. A dupla alegou que a redução da meta era explicada pela queda nas perspectivas de receita e aumento de gastos este ano. Em suma, os gastos públicos chegarão ao patamar de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, ante 18% no ano passado. Já o contingenciamento de 69 bilhões de reais anunciado no início do ano, somado ao corte de 8,6 bilhões de reais revelado na quarta-feira, não deverá ser suficiente para fazer frente à trajetória de alta dos gastos, nem à queda da arrecadação. Os ministros também afirmaram que poderão se valer de descontos de até 26 bilhões de reais na nova meta fiscal, caso não consigam - por força das circunstâncias políticas - aprovar novas medidas provisórias que ampliem a arrecadação. Ou seja, a economia para pagar os juros pode terminar o ano zerada - ou até mesmo no vermelho, com déficit fiscal.





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