Acordo firmado pelo Planejamento oferece crédito consignado a servidores. Lava Jato identificou indícios de desvio de cerca de R$ 50 milhões.O Ministério do Planejamento informou no início da tarde desta quinta-feira (13) que vai rescindir o acordo de cooperação técnica que foi alvo da 18ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã. O acordo de cooperação técnica foi firmado entre a pasta e Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (SINAPP) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC). O obejtivo era oferecer serviço de empréstimos consignados para servidores federais. De acordo com as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, empresas do Grupo Consist Software prestaram o serviço. Ainda segundo as autoridades, a Consist repassava valores obtidos com o contrato a operadores da Lava Jato. Em nota, o ministério disse que a rescisão ocorrerá nos próximos 30 dias e que uma sindicância interna vai apurar as eventuais irregularidades. Procurado, o grupo Consist disse que não irá se manifestar. Os desvios. de acordo com a investigação, podem ter chegado a R$ 52 milhões. Ao todo, R$ 37 milhões foram arrecadados pelo operador Alexandre Oliveira Correa Romano, um ex-vereador de Americana (SP) pelo Partido dos Trabalhadores, que foi preso nesta quinta. E R$ 15 milhões foram para Milton Pascowitch, que assinou acordo de delação premiada e está em prisão domiciliar. Na nota, o Ministério do Planejamento diz ainda que "não há relação entre o Ministério do Planejamento e a empresa Consist, uma vez que o acordo técnico de cooperação foi firmado entre o MP e as entidades SINAPP e ABBC".
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