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Mesmo com a crise, setor imobiliário de alto luxo cresce no Paraná

Primeiro semestre já foi bom, mas expectativa do mercado é de resultados ainda melhores no segundo

Fonte: BEM PARANA - 19/09/2016 às 10h09

O ano de 2016 vai ficar na história pela profunda crise econômica e política no Brasil. Mas o que para alguns é motivo de desolação, para outros é uma oportunidade. Foi assim que o mercado imobiliário, adaptando-se à nova realidade socio-econômica, manteve bons resultados (ou evitou maiores prejuízos). A aposta foi no nicho de apartamentos residenciais de luxo, com valor de até R$ 2 milhões, capazes de atrair um público mais resiliente ao conturbado momento que o país atravessa.

 

Segundo dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), o número de lançamentos de apartamentos residenciais novos superluxos em Curitiba registrou aumento de 181,3% no 1º semestre deste ano na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, saltando de 16 unidades para 45. No mesmo período, o número de empreendimentos ofertados registrou alta de 37,5%, passando de 16 emporeendimentos para 22 (ou de 436 unidades para 580).

 

Se a oferta por este tipo de imóvel está em alta, a procura, também. Uma pesquisa feita pelo portal de imóveis Viva Real revelou que a procura pelos imóveis de alto padrão em Curitiba cresceu 70%, figurando no segundo lugar da lista, perdendo apenas para Fortaleza, no Ceará, com 92%. Outro indicativo da melhora para o setor é a elevação para R$ 3 milhões do valor máximo para financiamento habitacional oferecido pela Caixa Econômica Federal, o que afeta as operações de crédito no âmbito do Sistema Financeiro Imobiliário.

 

De acordo com André Marin, diretor de incorporação da Construtora e Incorporadora Laguna, a crise econômica acabou servindo como uma espécie de “alavanca” para o setor de alto luxo ao fazer com que o mercado imobiliário voltasse suas atenções para o nicho.

 

“O mercado de luxo acabou sendo um atrativo até por se falar em crise de crédito, e os (compradores) de imóveis de até R$ 1 milhão sofrem um pouco mais com isso, com o desemprego alto”, afirma Marin. “Isso acaba fazendo as empresas olharem para um setor que não sofre tanto com o desemprego, com a falta de crédito. Então é uma tendência por conta desses aspectos. Esses clientes até utilizam crédito, mas não é que necessitem para fazer a aquisição do imóvel”, complementa.

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