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Mercado tem crédito para pequenos empresários

24/01/2007 às 11h33

23/01 - Agência Estado

A concessão de microcrédito produtivo, destinado a pequenos empreendedores, deve crescer consideravelmente a partir de julho, quando entram em vigor os artigos tributários da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Ninguém se arrisca a calcular de quanto será o aumento no volume de crédito liberado para a expansão dos negócios, mas sabe-se que esse dinheiro ajudará na regularização de empresas informais e na geração de novos postos de trabalho.

Pelos cálculos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), há em São Paulo 2,6 milhões de empreendedores atuando no mercado informal. Com o início da vigência da lei, esse público se tornará o grande foco dos bancos que oferecem linhas de financiamento específicas. "São pessoas que estarão em processo de formalização em breve e, certamente, vão precisar de crédito para expandir os negócios", explicou o gerente da assessoria de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae de São Paulo, Fábio Lacerda Campos.

Diversos bancos concedem empréstimos por essa linha de crédito, que possui uma característica importante: após receber a solicitação dos recursos, um promotor visita o empreendimento - mesmo que seja um negócio informal - para fazer uma avaliação. O objetivo é avaliar se a pessoa realmente precisa da quantia solicitada e se tem condições de pagar a dívida.

Além disso, o promotor que acompanha o microcrédito fica responsável por dar orientações ao pequeno empresário, que normalmente tem muitas dúvidas sobre o próprio negócio que administra. "Algumas pessoas não sabem como aplicar o dinheiro na empresa e não tem um planejamento definido. O orientador do crédito serve justamente para ensinar o empreendedor a conhecer o próprio negócio", contou Campos.

Financiamento público

Além dos bancos e demais instituições financeiras, a Prefeitura da Capital também possui dois programas destinados a micro e pequenos empreendedores que querem expandir os negócios. Uma das principais vantagens oferecidas pela Secretaria do Trabalho é a taxa de juro reduzidos.

Um dos programas, o São Paulo Confia, libera recursos inclusive para pessoas de baixa renda que não têm acesso aos financiamentos bancários, por conta de restrições cadastrais ou falta de comprovantes de renda. É possível pegar emprestado entre R$ 50 e R$ 50 mil, com juros de 3,9% ao mês. Para conseguir o crédito é preciso que o negócio já esteja em atividade há pelo menos seis meses.

A outra opção oferecida pela Prefeitura é o Banco do Povo, destinado a micro e pequenas empresas ou cooperativas que precisem de recursos para se expandir e, com isso, gerar mais renda e emprego.

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