As estimativas dos analistas do mercado
financeiro para a inflação deste e do próximo ano continuam a
aumentar, acompanhando a depreciação do câmbio e uma elevação adicional nos
preços administrados, de
acordo com o boletim Focus, do Banco Central.
A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) em 2015 subiu de
9,46% para 9,53%. Em 12 meses, a mediana saiu de 6,05% para 6,11%. Para 2016, o
aumento foi de 5,87% para 5,94%, nona alta consecutiva.
A mediana para 2017 caiu ligeiramente de 4,9% para 4,86%, após ter subido em quatro
das últimas seis semanas. Para 2018, houve pequena alta, de 4,53% para 4,54%.
Em relação ao dólar, a mediana das estimativas para o fim do ano subiu pela
quinta vez, de R$ 3,95 para R$ 4. A projeção para dezembro de 2016foi mantida
em R$ 4.
A estimativa para a alta dos preços administrados subiu de 15,50% para 15,5% neste
ano e de R$ 5,92% para 6% no próximo. Esse ajuste se segue aumento de 6% dos
preços da gasolina nas refinarias anunciado na semana passada pela Petrobras e
que deve adicionar mais 0,2 ponto ao IPCA em 2015. Analistas não acreditam que
a recessão vai amenizar alta do preço na bomba. Apesar dessa piora nos preços,
as projeções para a taxa Selic foram mantidas em 14,25% neste ano e em 12,5% em
2016.
Pela décima segunda semana consecutiva os analistas reduziram a estimativa
para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. A queda passou de 2,80%
para 2,85%, segundo o boletim Focus. Após oito revisões para baixo, a
projeção de 2016parou de cair e foi mantida em 1%. Em quatro semanas, a
estimativa para o PIB deste ano caiu 0,40 ponto e a queda prevista para
2016dobrou há um mês era de 0,50%.
Os analistas elevaram as estimativas para o déficit primário do setor público
consolidado (União, Estados,
municípios, estatais) neste ano, de 0,2% para 0,3% no PIB, e do próximo de
0,05% para 0,2% do PIB.
A projeção para 2017 também caiu. O mercado espera agora um superávit primário
de 0,7% do PIB, de 1%
previsto antes. As apostas do mercado estão bem longe da meta estipulada pelo
governo, de resultado positivo de
0,15% do PIB neste ano e de 0,70% em 2016.
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