Medidas do Governo ajudam a compor renda em meio a cenário de crise

As projeções mais otimistas para a atividade brasileira em 2021 podem trazer um viés um pouco mais positivo para o comportamento dos salários este ano. No entanto, não mudam o quadro geral de queda na renda das famílias, que se veem diante de transferências mais conservadoras por parte do governo e de um mercado de trabalho que apresenta desempenhos desiguais.
 

Algumas estratégias de injeção de recursos já foram adotadas recentemente, como a antecipação do 13º, podem dar algum alento ao consumo. Após subir 5,2% em 2020, a renda total dos domicílios - soma do rendimento habitual de todos os trabalhos, transferências de renda, benefícios previdenciários e sociais, além de outras fontes - deve recuar 3,8% neste ano, segundo projeção da Tendências Consultoria.
 

Já as rendas do trabalho - que representam cerca de 60% da massa total - devem subir 1%, e as fontes previdenciárias, com peso de 13,6%, avançariam 0,5%. Como a projeção da Tendências para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano migrou de 2,7% para 4%, isso pode ter algum reflexo no cálculo da população ocupada e, assim, as rendas com salários cresceriam um pouco mais.
 
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