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Medidas começam a dar algum alento à economia
19/11/2015 às 11h32
Embora timidamente, o governo começou a desenhar medidas para dar algum alento à atividade econômica, rompendo uma sequência de iniciativas unicamente voltadas ao ajuste fiscal. Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que discute a possibilidade de que os Estados tomem recursos emprestados para criar fundos de garantia para parcerias público privadas (PPPs). Isso poderia estimular investimentos em infraestrutura, o que, segundo Levy, "é o caminho para assegurar o crescimento do país nos próximos anos".
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, confirmou que o governo, por recomendação da presidente Dilma, estuda o aumento das alíquotas de importação de aço.
Segundo ele, a medida seria uma resposta a um "surto" de práticas de defesa comercial que surgiram no mundo recentemente, com vários países elevando alíquotas de importação. A indústria brasileira do aço vive um momento difícil, com queda de demanda, o que obrigou a setor a demitir 11 mil trabalhadores neste ano. Enquanto isso, 15% a 18% do aço laminado consumido no país vêm do exterior.
A possível elevação das alíquotas fez disparar as ações da CSN (17%) e da Usiminas (14,6%). Os papéis PN da Gerdau subiram 1,52%.
O discurso pró-crescimento e uma sucessão de vitórias do governo no Congresso, com a manutenção de vetos importantes da presidente Dilma, trouxeram algum alívio aos preços dos ativos. No mês, o dólar caiu 1,75% e ontem fechou a R$ 3,7936, a bolsa subiu 3,42% no mês e o risco país caiu 6,15% também sob influência de eventos externos. O comportamento dos juros é um termômetro mais claro das mudanças internas. Nas últimas sessões, o DI com vencimento em janeiro de 2021, que melhor capta a percepção de risco do investidor no longo prazo, cedeu de 15,98% para 15,51%. O rendimento das NTNB, papéis atrelados à inflação, caiu abaixo dos 7% praticamente em todos os vencimentos, após várias semanas com juros superiores a 7,5%.
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