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MANIFESTO| Mais uma vez, o Ministério da Previdência força a queda artificial da taxa de juros do consignado.
ANEPS - 16/10/2023
17/10/2023 às 12h10Como entidade representativa dos correspondentes, que atua por conta e ordem dos bancos apenas como prestadores de serviços na distribuição de produtos e serviços financeiros, opinar sobre taxa de juros é delicado sob diversos ângulos.
Não cuidamos do funding, nem das avaliações de custos e riscos; somos apenas um serviço auxiliar, não exclusivo de instituições financeiras, que atua conforme disposto na Resolução 4935 do CMN. Conhecemos apenas nossos próprios custos.
Somos parte da cadeia de distribuição e, por meio dos correspondentes, 50% dos aposentados e pensionistas são atendidos.
Conhecemos esse público mais que qualquer outro ente nessa atividade e, com certeza, sabemos quais serão as consequências.
Nosso interesse é atender pelas melhores condições possíveis, por isso nos é difícil dispor sobre o tema. Entretanto, sabemos muito bem onde residem os limites. Nossa vivência é de campo, daí nossa preocupação com definições não amparadas pelos critérios efetivamente técnicos, que podem tornar os recursos escassos e as alternativas infinitamente mais caras para o consumidor.
Os motivos são simples: se o preço não paga o custo do produto, o produto não chega ao consumidor e, se pagar o custo do produto, mas não o suficiente para pagar o custo de distribuição, não há quem se disponha a comercializar, não importa qual seja o produto. Dinheiro não é diferente!
Nosso manifesto não se dispõe a defender A ou B, mas, sim, apelar para o limite do bom senso. A ausência desse bom senso, que mais se assemelha a uma disputa por um protagonismo junto a apoiadores alheios às consequências, será infeliz nos resultados, trará prejuízo de milhões de aposentados e pensionistas, bem como desemprego massivo na rede de correspondentes, visto que o custo de distribuição permanecerá presente.
No mais, seguiremos no nosso empenho de sempre buscar o melhor para o consumidor, notadamente o público no INSS, em colaboração com o Ministério da Previdência e outras entidades que zelem pelo aposentado.