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Levy evita falar de questões fiscais e diz que Brasil precisa de crescimento já

23/10/2015 às 16h16


O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse ontem que o Brasil precisa de "crescimento já". Ele respondia a uma pergunta sobre o baixo ritmo de despesas do governo com financiamento para obras de mobilidade urbana, um dos eixos de ação para reduzir as emissões de gases-estufa, quando ressaltou que a execução "adequada" do orçamento permitirá dinamizar os investimentos.


Segundo ele, o orçamento de 2016 estabelece priorização de gastos e economia em várias frentes. Na avaliação de Levy, isso ajudará a recuperar a capacidade de crescimento do país. "Precisamos de crescimento. E crescimento já", afirmou o ministro, que já havia se recusado, durante entrevista coletiva, a falar sobre as metas fiscais de 2015 e de 2016.


Questionado sobre o projeto de lei para a repatriação de recursos de brasileiros no exterior, Levy preferiu não se posicionar. "Acho melhor a liderança do governo [na Câmara] se manifestar sobre isso", disse ele, afirmando que não leu o relatório elaborado pela comissão especial que analisa o projeto.


Ele evitou falar sobre a nova meta fiscal que o governo deve perseguir neste ano. Questionado sobre a possibilidade de se fixar um déficit primário, brincou e pediu para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falar da meta brasileira de redução de emissão de gases. Levy explicou que só falaria sobre o encontro fechado com representantes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).


Conforme o ministro, "seria prematuro prever impacto no PIB de medidas discutidas nessa reunião". "A contribuição da indústria eólica para o PIB é hoje significativa, há R$ 20 bilhões em execução", exemplificou Levy. "A nossa energia eólica hoje é compatível com a PCH em termos de custo, o que se traduz em tarifas que podem cair em médio prazo", complementou.


Também participaram da entrevista a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; a presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Tania Cosentino; Marina Grossi, presidente do CEBDS; e Rogerio Zampronha, presidente da Vestas do Brasil Energia Eólica.



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