Últimas
Notícias
Juros futuros recuam na BM&F seguindo queda do dólar frente ao real
03/11/2015 às 17h40
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram na BM&F nesta terça-feira, acompanhando a queda do dólar frente ao real. A incerteza em relação ao cenário político e fiscal, no entanto, contribui para a deterioração das expectativas de inflação, como mostrou hoje a Pesquisa Focus.
O DI para janeiro de 2016 caiu de 14,27% para 14,251% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2017 recuou de 15,47% para 15,37%. Já o DI para janeiro de 2021 fechou a 15,70% ante 15,95% do ajuste anterior.
A queda do dólar no mercado local contribuiu para a correção dos prêmios de risco na curva de juros. No entanto, as expectativas de inflação continuam piorando dada as incertezas no cenário político e fiscal e a sinalização do Banco Central de que deve manter a taxa de juros estável por período prolongado.
Pesquisa Focus divulgada hoje aponta que a mediana das projeções de inflação para este ano subiu de 9,85% para 9,91%, e para 2016 de 6,22% para 6,29%. A mediana das estimativas para o IPCA para o fim de 2016 pelos analistas que integram o ranking TOP 5 do BC, que mais acertam a projeção no médio prazo, já está acima do teto da meta de 6,5%, e estava em 7,33%. Já a mediana da projeção para a taxa Selic no fim de 2016 está em 13% e em 12,75% pelos analistas do TOP 5.
A estimativa para o atividade também piorou. A mediana das projeções para o PIB para 2015 passou de retração de 3,02% para queda de 3,05%. Para 2016, a mediana das projeções apontam para um recuo de 1,51% do PIB, ante queda de 1,43% do boletim anterior.
Com os prêmios ainda altos no mercado de juros, o Tesouro Nacional tem concentrado a venda dos títulos atrelados à inflação nos vencimentos mais curtos. Hoje o Tesouro Nacional vendeu hoje 702.950 títulos públicos atrelados ao IPCA de um total de 1,8 milhão de Notas do Tesouro nacional série B (NTNsB) ofertadas em leilão, cuja operação somou R$ 1,846 bilhão. Conforme o Tesouro já havia anunciado, o maior volume foi colocado para os vencimentos mais curtos, 2019 e 2023.
|
|