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Juro do cheque especial é o maior desde 1995; rotativo do cartão vai a 372%

31/07/2015 às 11h12

A taxa de juros do cheque especial em junho ficou em 241,3% ao ano, o maior patamar desde dezembro de 1995 (quando o juro era de 242% ao ano). Em maio, a taxa estava em 232%.

Por sua vez, os juros do rotativo do cartão de crédito subiram de 360% ao ano em maio para 372% ao ano em junho, o maior valor desde o início da série histórica deste indicador, em março de 2011.

Os dados são referentes apenas a juros cobrados de pessoas físicas e foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Banco Central.

O BC ressalta que a metodologia de cálculo dos indicadores foi atualizada em fevereiro de 2015.

Confira a variação nas taxas de juros de outras modalidades de crédito monitoradas pelo BC:

  • Aquisição de veículos: de 24,8% ao ano em maio para 24,7% ao ano em junho
  • Aquisição de outros bens: de 82,6% ao ano em maio para 81,5% ao ano em junho
  • Cartão de crédito parcelado: de 115,9% ao ano em maio para 118,2% ao ano em junho
  • Crédito renegociado: de 46,1% ao ano em maio para 46,4% ao ano em junho
  • Crédito pessoal consignado: estável em 27,3%
  • Crédito pessoal não-consignado: de 111,3% ao ano em maio para 111,9% ao ano em junho

Juros para famílias sobem a 58,6%

A média da taxa de juros cobrada das famílias subiu 1,3 ponto percentual de maio para junho, alcançando 58,6% ao ano no mês passado. As principais altas foram do cheque especial e do rotativo do cartão, já mencionadas.

Para as empresas, a taxa média de juros foi de 27,5% ao ano, uma alta de 0,6 ponto percentual em relação a maio.

Todos os dados são referentes às operações com recursos livres (em que os bancos têm autonomia para aplicar os percentuais que desejarem).

Inadimplência cai entre pessoas físicas

A inadimplência nas operações financeiras se refere a dívidas atrasadas por mais de 90 dias. No geral, este indicador correspondeu a 2,9% de toda a carteira de crédito do país, o que representa uma redução de 0,1 ponto percentual em relação a maio.

Entre as pessoas físicas, o indicador recuou 0,1 ponto percentual para 3,7% de todas as operações; entre as empresas, a inadimplência ficou estável em 2,3%.

Estes números se referem à inadimplência tanto em operações com recursos livres quanto com recursos direcionados (em que os juros são fixos).


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