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Itaú Unibanco prevê que carteira de crédito Brasil pode encolher 1% em 2016

O Itaú Unibanco traçou metas mais conservadoras para 2016 e ainda fez um detalhamento adicional em suas projeções

02/02/2016 às 09h02

O Itaú Unibanco traçou metas mais conservadoras para 2016 e ainda fez um detalhamento adicional em suas projeções, separando as metas para os números Brasil, que incluem unidades externas ex-América Latina, e o resultado consolidado do grupo. Em ambos os casos, conforme o banco, as estimativas não contemplam os efeitos da operação com o chileno CorpBanca.
 
Para o crédito, o banco admitiu, considerando o Brasil, encolhimento de até 1,0% na carteira total, que inclui avais, fianças e títulos privados, neste ano em relação a 2015. No melhor cenário, pode crescer 3,0%.
Para a margem financeira com clientes, o Itaú projeta incremento de 1,0% a 4,0% neste ano. As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, devem totalizar entre R$ 21 bilhões e R$ 24 bilhões neste ano.
 
O Itaú espera ainda que as receitas de serviços e resultado de seguros avancem entre 4,5% a 7,5% em 2016. Em relação às despesas não decorrentes de juros, o banco informou que projeta crescimento de 4,0% a 6,5% na comparação com o ano passado.
 
Consolidado
 
Pelas estimativas para o resultado consolidado, a carteira de crédito total do Itaú pode encolher 0,5% neste ano e, na melhor das hipóteses, avançar até 4,5%. O banco projeta expansão de 2,0% a 5,0% para a margem financeira com clientes.
 
Já para as despesas com PDDs, o banco prevê cifra entre R$ 22 bilhões e R$ 25 bilhões, também considerando o resultado consolidado. As receitas de serviços e resultado de seguros devem crescer de 6,0% a 9,0% enquanto as despesas não decorrentes de juros podem aumentar entre 5,0% e 7,5% neste ano ante 2015.
 
Metas
 
O Itaú Unibanco entregou a maioria das metas que estabeleceu para 2015, superando algumas projeções, com exceção da expectativa para as despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs. Esses gastos somaram R$ 18,1 bilhões no ano passado, valor levemente superior ao intervalo projetado para o período, que ia de R$ 15 bilhões a R$ 18 bilhões.
 
A carteira de crédito total do Itaú, que inclui avais, fianças e títulos privados, cresceu 4,6% em 2015, dentro da faixa estimada, de alta de 3,0 a 7,0%. Sem considerar a variação cambial, conforme a instituição, os empréstimos teriam recuado 2,9%.
 
A margem financeira gerencial do banco cresceu 20,7% no ano passado ante 2014, superando a alta projetada, de 14,5% a 17,5%. Já as receitas de serviços e resultado de seguros cresceram em linha ao avançarem 9,9%, o banco esperava incremento de no mínimo 9,5% e no máximo 11,5%.
 
As despesas não decorrentes de juros do Itaú aumentaram 8,8% em 2014, em linha com o intervalo estimado, de expansão de 7,0% a 10,0%.

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