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Itau nega exclusividade em consignado; ações de bancos fecham em queda

10/06/2015 às 12h37

O Itaú Unibanco negou a prática de qualquer tipo de exclusividade em crédito consignado, tema que levou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a abrir uma investigação contra seis instituições financeiras. As ações da maioria desses bancos encerrou o pregão em queda.

“O Itaú Unibanco esclarece que não pratica tal conduta e suas práticas em relação à lei concorrencial são absolutamente legais e éticas e está inteiramente à disposição da autoridade antitruste para prestar os esclarecimentos necessários”, afirmou o banco em nota.

O Banco de Brasília (BRB), também investigado, informou que “ainda não teve acesso aos autos do referido processo administrativo, bem como ainda não houve a notificação do banco para apresentar defesa”. Os demais investigados pelo Cade — Bradesco, Santander, Banrisul e Caixa Econômica Federal — ainda não retornaram pedidos de entrevista da reportagem.

Segundo o Valor apurou, serão atingidos pela investigação atual, principalmente, os convênios de quatro governos estaduais: Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Goiás. São nesses que ainda está vigente algum tipo de exclusividade ou preferência na atuação de alguns bancos.

As ações do Itaú recuaram 0,45%, a R$ 32,86. No Bradesco, a queda foi de 1,09%, a R$ 27,28. As units do Santander cederam 0,64%, a R$ 15,55. Já os papéis do Banrisul tiveram alta de 0,95%, a R$ 9,60. O Ibovespa fechou praticamente estável, enquanto as ações do Banco do Brasil (BB) subiam 1,3%, para R$ 22,52.

A investigação contra os seis bancos teve início em 2012, quando o órgão antitruste assinou acordo com o BB para que a instituição acabasse com a exclusividade no consignado com órgãos da administração pública. O acordo previu que o banco pagasse R$ 99,4 milhões ao Fundo de Direitos Difusos.

Em 2013, à medida que foram se encerrando os acordos de exclusividade do BB, cerca de R$ 16 bilhões em crédito consignado passaram a ser disputadas abertamente pelos bancos. Entre os principais convênios que foram abertos estão o Estado e o município de São Paulo, a cidade do Rio de Janeiro, os governos de Maranhão e Mato Grosso do Sul e a Câmara dos Deputados.


 




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