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Itaú BBA teve em 2015 período mais difícil para crédito
17/12/2015 às 13h15
No ano em que passou a ser responsável por toda a área de atacado do grupo Itaú Unibanco, o Itaú BBA enfrentou o período mais difícil do ponto de vista de crédito corporativo, afirmou o presidente do banco, Candido Bracher. "A crise veio com muito mais intensidade do que o esperado", disse o executivo, durante encontro com jornalistas na sede do banco.
O cenário de retração da economia atingiu inicialmente as grandes empresas, que contam com os maiores projetos de investimento, segundo Bracher.
"Terminamos o ano com essa tendência se estabilizando um pouco", afirmou.
Para 2016, ele projeta que os reflexos da recessão serão mais intensos para empresas menores e as pessoas físicas.
Questionado sobre a situação do BTG Pactual, Bracher disse que o Itaú BBA tem feito o que está ao alcance, dentro do apetite por risco da instituição, para auxiliar no funcionamento adequado do sistema financeiro. Ele confirmou que o banco negocia a compra de carteiras de crédito do BTG, mas não revelou o volume.
O presidente do Itaú BBA afirmou que a prisão do banqueiro André Esteves foi "uma grande surpresa para todos". Ele elogiou, contudo, a velocidade de reação dos demais sócios do BTG aos problemas, com a venda de ativos e busca de recursos para recompor a liquidez. Bracher disse ainda que o banco recebeu recursos que foram resgatados do BTG, mas não falou em valores.
O executivo aproveitou o encontro com a imprensa para falar brevemente sobre as mudanças promovidas pelo Itaú BBA ao longo deste ano. Em fevereiro, o banco passou a integrar uma das três diretorias que formam a holding do Itaú ao lado das divisões de varejo e tecnologia.
Com a saída de Jean Marc Etlin, vice-presidente de banco de investimentos, a área de mercado de capitais e fusões e aquisições passou a integrar a divisão de "corporate bank", que atende às companhias de maior porte, sob a responsabilidade de Alberto Fernandes e com Christian Egan no comando das operações.
Para atender empresas com faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 4 bilhões, foi criada a área de "commercial bank", a cargo de André Rodrigues. Caio Ibrahim David assumiu os negócios de tesouraria, produtos e mercados.
Flavio de Souza ficou com a área de gestão de fortunas, que inclui o atendimento a clientes do segmento private (altíssima renda), enquanto a atividade na América Latina ficou sob o comando de Ricardo Marino.
"Foi bom poder contar com outras áreas neste ano", afirmou Bracher, ao destacar os resultados obtidos pelas áreas de gestão de fortunas e tesouraria.
Para o início do ano que vem ele espera a conclusão do processo de a incorporação do CorpBanca, no Chile.
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