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IPCA-15 alcança 10,71% em 2015, o mais alto em 13 anos
18/12/2015 às 13h19
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo15 (IPCA15), uma prévia da inflação oficial, acelerou entre novembro e dezembro de 0,85% para 1,18%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais expressivo para meses de dezembro desde 2002 e ficou acima da estimativa média de 1,09% apurada pelo Valor Data junto a 18 instituições financeiras. Em 2015 como um todo, o indicador subiu 10,71%, o mais elevado desde 2002, quando avançou 11,99%.
A prévia da inflação oficial encerrou o ano, portanto, bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%. Vale notar que, em dezembro de 2014, o IPCA15 aumentou 0,79%, fechando o ano em 6,46%. O que muda entre o IPCA e o IPCA15 é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.
Em dezembro, Alimentação e bebidas, com incremento de 2,02%, e Transportes, com 1,76% de aumento, apresentaram os resultados mais expressivos entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE. Juntos, foram responsáveis por 69% da taxa do IPCA15 do período.
Produtos importantes para as famílias tiveram elevação expressiva na passagem de novembro para dezembro, como cebola (26,28%), batata-inglesa (18,13%), tomate (17,60%) e açúcar refinado (13,74%) e açúcar cristal (13,64%).
Em Transportes, o item combustíveis, cujos preços subiram 3,41%, se destacou por liderar o ranking dos principais impactos individuais do mês, 0,18 ponto percentual. Regiões Sete das 11 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IPCA15 fecharam 2015 com a prévia da inflação oficial acima de dois dígitos. Segundo o IBGE, no topo da lista está Curitiba, que acumulou alta de 12,46% no ano, bem acima da média do país de 10,71%.
Goiânia (11,56%), Porto Alegre (11,32%), Rio de Janeiro (11,05%), São Paulo (11,02%) e Fortaleza (10,78%) também fecharam acima do resultado nacional.
Entre as regiões metropolitanas, Belo Horizonte foi a que encerrou 2015 com a menor taxa, de 9,26%. A Grande BH foi a região menos afetada pela alta anual no grupo alimentação e bebidas, que subiu na média do país 12,16% e, em Belo Horizonte, 9,61%.
Considerando o confronto mensal, a prévia da inflação no Rio de Janeiro saiu de 0,75% em novembro para 1,67% em dezembro, influenciado pela alta na conta de luz, que subiu, em média, 8,34%. Foi a região metropolitana com o maior índice entre os locais avaliados.
Em segundo lugar, apareceu Goiânia, região metropolitana que registrou o maior avanço nos preços de alimentos, chegando a 3,31% acima da alta do grupo Alimentação e bebidas no país, de 2,02%.
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