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Indústria de máquinas agrícolas depende de crédito para retomar confiança

Volume de R$ 1,5 bilhão disponível no primeiro semestre deste ano para a linha Moderfrota acabará antes de abril, segundo as fabricantes, podendo agravar a crise no setor de máquinas

Fonte: Click RBS - 10/02/2016 às 02h02

Logo na primeira feira agrícola do ano, no Show Rural Coopavel, o setor de máquinas e implementos agrícolas já demonstrou preocupação em relação ao volume de recursos disponível no Moderfrota – considerada hoje a linha de crédito mais atrativa para os grandes produtores.

Pelo cálculo das fabricantes, o dinheiro restante para o primeiro semestre do ano deverá acabar antes de abril, freando os negócios a partir de então. A disponibilidade de crédito é considerada crucial para aliviar a crise do setor, minado pela baixa confiança do produtor rural em investir.

Depois de fechar o ano com queda superior a 30% nas vendas, na comparação com 2014, o setor de máquinas agrícolas começou 2016 com novo tombo. O resultado de janeiro foi 53,2% inferior ao mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados na semana passada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com o fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) em dezembro de 2015 e o Finame Agrícola, pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), redefinido a cada três meses, todas as esperanças de reaquecer o setor estão depositadas no Moderfrota – por anos deixado de lado pelos bancos. Com R$ 3,4 bilhões do Plano Safra 2015/2016, estão disponíveis somente R$ 1,5 bilhão até junho, conforme o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

– Esse valor é insuficiente. Já pedimos suplementação ao governo – adianta Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Menos dinheiro

No plano safra 2014/2015, por exemplo, somente o PSI somou R$ 6,7 bilhões em crédito para máquinas e equipamentos agrícolas. Caso os recursos de agora não sejam ampliados, Bastos prevê uma queda ainda maior do setor ao longo de 2016.

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