O objetivo é atingir os negócios realizados pelos bancos
nessas unidades, como atividades ligadas a tecnologia da informação, operações
de câmbio e arrecadação, segundo afirmaram entidades que representam os 500 mil
bancários do país.
A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), ligada
à CUT, informou que foram paralisados 35 centros administrativos e 6.251
agências de 20 Estados e do Distrito Federal. O número de funcionários nessas
unidades não foi divulgado. O Brasil tem 23.110 agências em atividade, segundo
o BC (Banco Central).
As instituições financeiras e a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) não
divulgaram adesão à greve nem atividades afetadas.
A Folha apurou que parte dos bancos notou a mudança de estratégia na greve
deste ano —as instituições esperavam adesão maior nas agências e foram
surpreendidas pelo movimento nos centros de negócios.
Em São Paulo, o movimento teve adesão de 38 mil funcionários de 582 agências e
18 centros administrativos, segundo informou o Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e
região (CUT).
Foram afetados, segundo o sindicato de São Paulo, centros administrativos do Itaú,
do Bradesco, do Santander e do Banco do Brasil.
Nas regiões da Avenida Paulista e central, visitadas pela
Folha, havia filas para fazer saques, depósitos e pagar contas. As agências não
estavam atendendo os clientes e os serviços tinham de ser feitos via caixa
eletrônico.
"No ano passado, o primeiro dia de greve envolveu 16 mil bancários de 626agências.
Neste ano, já são 38 mil, o que mostra a insatisfação com a proposta de 5,5% de
reajuste feita pelos bancos, longe de repor a inflação", diz Juvandia
Moreira, que preside o sindicato de São Paulo.
ORIENTAÇÕES AO
CONSUMIDOR
De acordo com o ProconSP, mesmo com a paralisação, o consumidor continua com a
obrigação de pagar faturas, boletos bancários e cobranças, mas as empresas são
obrigadas a oferecer outro local de pagamento. A entidade recomenda que o
consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para
pagamento, como internet, sede da empresa e lotéricas.
O consumidor deve documentar o pedido para que, posteriormente, possa reclamar
ao ProconSP se o fornecedor não o atender. Guarde os comprovantes de
pagamento. Contas de água, luz e telefone podem ser pagas em casas lotéricas credenciadas.
COMO DRIBLAR A GREVE
Para que você possa se preparar, a Folha elaborou algumas dicas para driblar a
paralisação. Confira abaixo:
1 Pagar conta
O consumidor continua com a obrigação de pagar faturas, boletos bancários e demais
contas, mas as empresas devem oferecer uma alternativa de pagamento, afirma
Dori Boucault, advogado especialista em direitos do consumidor.
Para evitar a cobrança e o envio do nome a serviços de proteção ao crédito, o
consumidor deve entrar em contato com a empresa e pedir opções de formase locais
para pagamento, como internet, sede da empresa e casas lotéricas. O consumidor
deve documentar o pedido para que, posteriormente, possa reclamar ao ProconSP
se o fornecedor não o atender. É preciso guardar os comprovantes de pagamento,
para o caso de a empresa não acusar o recebimento do valor.
2 Sacar dinheiro
Caixa eletrônico e terminais de autoatendimento 24 horas são alternativas para
quem precisa sacar dinheiro. No entanto, os bancos estabelecem limites máximos
de retirada por dia. No Bradesco, o valor varia de acordo com o dispositivo de
segurança e vai de R$ 800 a R$ 2.000. Caixa e Banco do Brasil têm limite máximo
de R$ 1.000. Correntistas da Caixa Econômica Federal também podem retirar
dinheiro em casas lotéricas.
3 Desbloquear
cartão
O cliente pode fazer o desbloqueio do cartão nos terminais de autoatendimento
localizados nas agências bancárias. Alguns bancos também permitem desbloquear
pelo telefone e pela internet.
4 Cadastrar senhas
Para utilizar os canais de atendimento na internet, é preciso cadastrar senha de
acesso. Esse passo pode exigir uma etapa na internet e outra no terminal de
autoatendimento. O cliente também terá que instalar dispositivos de segurança
em seu computador.
5 Investir ou
resgatar aplicações
O investidor não deve ser muito afetado. O home broker (plataforma de negociações
online) permite fazer investimentos ou resgates de aplicações. Além disso, há
a opção de enviar pelo telefone ordens de compra e venda para a corretora.
6 Transferências
Podem ser feitas pelo internet banking ou nos terminais de autoatendimento. Para
valores elevados, é preciso cadastrar o destinatário do dinheiro. Alguns bancos
exigem que isso seja feito na agência, mas outros permitem o uso do internet
banking e do telefone. O valor mínimo para realizar uma TED (Transferência
Eletrônica Disponível) é de R$ 250. Para DOC não há mínimo.
7 Depósitos
O cliente pode efetuar depósitos nos terminais de autoatendimento localizados
nas agências bancárias.
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