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Governo quer um novo sócio para o Banco Postal

29/08/2007 às 19h25

Daniel Rittner e Cristiano Romero (29/08/2007)

O destino do Banco Postal será definido até o fim do ano. As negociações para melhorar a atual parceria entre o Bradesco e a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), firmada em 2001, estão praticamente encerradas sem que se tenha chegado a um acordo, avalia o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele e o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, consideram a possibilidade de mudar o modelo do negócio e acreditam que podem obter R$ 2 bilhões com uma nova parceria.

Duas cláusulas já foram analisadas pelo ministério e poderão sustentar a ruptura do contrato da ECT com o Bradesc uma que permite a qualquer das partes romper o acordo, desde que avise o parceiro com seis meses de antecedência, e outra que permite o fim do contrato mediante o surgimento de "fato relevante" na economia, informou Costa ao Valor. O aparecimento do crédito consignado e a queda dos juros se enquadrariam nessas premissas.

Alguns bancos já foram sondados sobre o interesse em participar dessa nova licitação, como Itaú, Unibanco e as instituições estatais CEF e Banco do Brasil. "Pode até ser o Bradesco, desde que nos tratem como parceiros e não como correspondente bancário", indicou o ministro.

Consultada, a assessoria do Bradesco disse que a instituição "tem todo o interesse em ampliar a oferta de produtos e serviços bancários oferecidos pelo Banco Postal, bem como aprofundar o já bem-sucedido trabalho de bancarização da população brasileira".

A ECT quer que o Banco Postal deixe de ser um correspondente bancário para atuar como uma instituição financeira com foco no público de baixa renda. O novo banco ofereceria planos de previdência, microcrédito e seguros pessoais voltados a essa camada da população. Hoje, o Banco Postal abre 4,5 mil contas diariamente e, no ano passado, realizou 240 milhões de transações. O governo teria o controle societário da instituição, com 51% de participação dos Correios e do Postalis (fundo de pensão dos empregados da empresa). Os demais 49% da sociedade iriam para licitação. Segundo Custódio, enquanto 26% das receitas dos correios no mundo advêm de serviços financeiros, no Brasil essa fatia corresponde a apenas 1%.

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