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Governo Dilma pode ser 'mais breve do que alguns imaginam', diz Aécio

06/07/2015 às 11h47

Candidato derrotado à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDBMG) disse neste domingo que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) pode ser “mais breve do que alguns imaginam”. “Uma das heranças que a presidente Dilma deixará nós já conhecemos: meia década perdida. Ao final do seu governo, que eu não sei quando ocorrerá, talvez mais breve do que alguns imaginam, os brasileiros terão ficado mais pobres”, disse Aécio, durante discurso na convenção nacional do partido, evento em que foi reconduzido à presidência da legenda por 99,34% dos votos dos delegados.

Sem usar a palavra impeachment, Aécio assim como outras lideranças do PSDB disse que irregularidades na prestação de contas da campanha de Dilma em 2014 podem inviabilizar o mandato da presidente. Na convenção, o PSDB defendeu a tese de que se as contas forem rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, o mandato de Dilma e de seu vice, Michel Temer (PMDB) devem ser invalidados e novas eleições devem ser convocadas.

“Os sucessivos escândalos que aí estão consolidam a ideia de que instalou-se no Brasil um modus operandi organizado e sistematizado em que vale tudo para se manter no poder, e que agora colocam sob gravíssima suspeição a campanha que elegeu a atual presidente da República e seu vice e que agora, neste mesmo instante, está sendo investigada pelo TSE”, disse Aécio.

Em um discurso que durou meia hora, Aécio fez diversas menções ao governo petista e a uma eventual perda de mandato de Dilma. “Esse grupo político, que sempre conviveu mal com o contraditório, está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato. A oposição não esmoreceu, a oposição vem lutando e vem lutando muito”, disse o senador.

“Devido a seus erros crassos e frequentes, a presidente não governa mais”, afirmou. Quando o evento acabou, Aécio disse a militantes e jornalistas que o PSDB não pretende fazer golpe contra a democracia: “Não somos golpistas”.

Aécio saiu fortalecido da corrida eleitoral em 2014, com quase 48,5% dos votos válidos, mas deve disputar a vaga de candidato à presidência pelo partido em 2018 com o governador paulista Geraldo Alckmin. “Com coragem vamos superar e vencer os desafios. Em pouco tempo deixaremos de ser oposição e seremos governo”, disse o senador mineiro. “Vamos ser governo para limpar a lambança que o PT fez.”

No discurso, Aécio citou dados negativos sobre a economia, disse que enquanto a economia global vai crescer em 2015, a brasileira vai retorcer 2% e que esse será um dos legados deixados por Dilma. A convenção já estava esvaziada quando Aécio começou a discursar. Sua fala foi longa e grupos deixaram o salão enquanto o senador falava.



     


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