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FGV: indicador antecedente de emprego melhora, mas não muda tendência
09/12/2015 às 10h23
Dois indicadores de emprego apurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com base em sondagens setoriais mensais mostraram sinais divergentes em novembro. Com isso, a instituição considera ser ainda cedo para esperar uma melhora no mercado de trabalho.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) que busca antecipar os rumos do mercado de trabalho do país subiu 4,8% no penúltimo mês de 2015, para 68,2 pontos. Foi a segunda alta consecutiva desse índice que, com isso, passou a mostrar avanço também na médias móvel trimestral, um indicador de tendência. Apesar disso, a FGV considera tais resultados uma acomodação em relação às quedas observadas nos meses anteriores. No ano, o indicador recuou 10,3%. Em novembro do ano passado, marcava 74,5 pontos.
Outro indicador, o Coincidente de Desemprego (ICD), aumentou pelo terceiro mês consecutivo, desta vez 1,4%, para 99 pontos. Esse indicador é construído a partir de dados da Sondagem do Consumidor que captam a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. Para os brasileiros, portanto, houve uma piora na oferta de emprego. No ano, o ICD acumula 34,5% de alta.
Para Itaiguara Bezerra, economista da FGV/Ibre, o crescimento do ICD mostra que a taxa de desemprego deve continuar em trajetória crescente. Já a melhora do IAEmp deve ser analisada com cautela. “O movimento representa uma atenuação da tendência de queda do total de pessoal ocupado na economia brasileira no curtíssimo prazo, mas é ainda suficiente para sinalizar uma nova tendência”.
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