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Estresse deve seguir até análise de vetos
24/09/2015 às 11h32A leitura de fontes da equipe econômica é que a alta temperatura no mercado financeiro vai prosseguir enquanto o Congresso Nacional não analisar os principais vetos da presidente Dilma Rousseff. Até isso ocorrer, deveremos ter estresse em preços de ativos, como dólar e juros, e pressão no risco Brasil. Pelo programação de sessões do Congresso Nacional, a nova votação seria entre 15 e 20 de outubro. "Não dá para esperar todo esse tempo", disse uma fonte da equipe econômica. Dez dias, dado os nervos à flor da pele, já seria tempo demais para esperar. Os vetos são percebidos pelos investidores como um dos fatores definidores da dinâmica fiscal e da sustentabilidade da dívida nos próximos anos influenciando o risco Brasil e a avaliação de crédito pelas agências de classificação de risco. Nesse ambiente de incerteza, o Banco Central não mudou a sua estratégia de intervenção no mercado de câmbio. Swaps cambiais estão sendo feitos para oferecer hedge cambial. As linhas de empréstimo em dólares proveem liquidez ao mercado e visam a corrigir focos de disfuncionalidades na formação de preços no mercado de dólar. Desta vez, o Banco Central está oferecendo swaps cambiais com prazo de vencimento longo, de um ano, justamente para oferecer proteção para aqueles que querem receber a variação do câmbio nesse período mais estendido. O BC costuma mapear a demanda por hedge antes de oferecer os swaps cambiais. Os leilões de linha são desenhados para manter irrigada a liquidez no sistema. Um subproduto positivo dessas operações é reduzir o estresse na curva do cupom cambial. O cupom reage à liquidez em dólares. Sempre que a liquidez aumenta, o cupom fecha, e vice-versa. O diagnóstico é que não há falta de liquidez. Mas, em certa ocasiões, como ocorreu ontem pela manhã, a curva de cupom cambial fica pressionada. O leilão de linha serviu para distensioná-la.
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