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Estimativa de crescimento do crédito imobiliário e novos lançamentos indicam que mercado começa a reagir
'Mercado começa a projetar novos lançamentos, redução de unidades em estoque e recuperação dos preços de vendas', diz Claudio Cunha, presidente da Ademi-Ba
Fonte: CORREIO 24 HORAS - 16/03/2017 às 10h03O ano de 2017 traz perspectivas positivas ao setor imobiliário. Após um período de muitos desafios, em função da crise, o mercado dá os primeiros sinais de recuperação, com a retomada de investimentos e o crescimento da procura de clientes por novos apartamentos.
“Vimos de um período inflacionário e de taxa de juros alta. O controle da inflação e a redução dos juros, aliado ao ambiente da imprescindível segurança jurídica, com o novo Plano Diretor e Lei de Uso do Solo, o mercado começa a projetar novos lançamentos, redução de unidades em estoque e recuperação dos preços de vendas”, comemora o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba), Claudio Cunha.
Na JVF Empreendimentos, por exemplo, a crise já ficou para trás. “Conseguimos perceber claramente que o cenário está mudando. Temos dois lançamentos, o Allegri e o Vivace. No primeiro, 70% dos apartamentos já estão negociados; e o segundo vendeu, até o momento, 50%. Isso com as obras ainda no começo, em apenas 20%”, explica a diretora da incorporadora, Juliana Oliveira.
Para Juliana, os resultados positivos na incorporadora se devem, principalmente, à decisão quanto ao tipo de produto que vem sendo oferecido aos consumidores. “As classes B e C estavam precisando de produtos de qualidade, dentro do que eles podem pagar e com flexibilidade para o pagamento. Em nossos empreendimentos, o comprador pode parcelar o sinal e fica à vontade para pagar a poupança do jeito que puder. Isso faz muita diferença para quem está comprando”, conta Juliana.
O Allegri e o Vivace estão sendo construídos no bairro do Cabula e, de acordo com a diretora da JVF, 95% dos apartamentos já negociados foram adquiridos por moradores do próprio bairro. “São pessoas que estão melhorando de vida e querem morar num imóvel com melhor infraestrutura, com varanda, num prédio que tenha salão de festas e piscina”, afirma.
Crescimento
Segundo a Ademi-Ba, a expectativa para este ano é de crescimento de 20% do mercado em relação a 2016, que “foi muito difícil para o setor, quando retornamos aos níveis de 2005”, disse Claudio Cunha. A redução da taxa Selic e a alteração dos limites de financiamento de imóveis pelo FGTS têm aumentado a oferta de crédito, tornando-o mais acessível, o que deve contribuir com o avanço do mercado. “As linhas de crédito para as classes B e C são as do SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - e do Programa Minha Casa Minha Vida, que teve seus valores reajustados possibilitando o acesso a uma maior parcela da população. Essas linhas possuem taxas de juros menores”, comenta Claudio.
A estimativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é a oferta de recursos para o setor, este ano, deve alcançar R$112 bilhões, ante os cerca de R$111 bilhões no ano passado. O destaque deve ficar por conta da linha que utiliza recursos do SBPE deve crescer 5% em 2017 ante o exercício anterior, passando dos R$ 46 bilhões para R$ 49 bilhões.