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Esteja pronto para a Autorregulação do Crédito Consignado!
Novas regram entram em vigor dia 2 de janeiro de 2020
28/10/2019 às 04h10Desenvolvida pela Abbc e a Febraban, a Autorregulação do Crédito Consignado conta com o 23 instituições financeiras participantes e visa contribuir para a profissionalização do segmento de corresponentes no país e redução de reclamações por parte dos clientes.
As novas regras entram em vigor dia 2 de janeiro de 2020 e prevê nove medidas. Confira quais são elas:
- Certificação profissional: para garantir a profissionalização do agente de crédito, a Certificação Profissional que já é exigida pelo banco Central desde 2011, será agora fiscalizada pelos Bancos e obrigatória para todos os integrantes da equipe do correspondente;
- “Não Perturbe”: uma vez realizado o cadastramento do telefone fixo ou móvel pelo consumidor, os bancos e os correspondentes por eles contratados não poderão realizar qualquer oferta de operação de crédito consignado;
- Base de dados dos Correspondentes: as informações - inclusive reclamações e ações judiciais - dos correspondentes aptos a ofertar propostas em nome das instituições financeiras serão fornecidas e atualizadas mensalmente, permitindo a consulta por CNPJ, razão social ou nome fantasia;
- Envio de informações: será obrigatório que as instituições financeiras enviem por meios digitais ou físicos, informações mínimas relativas à operação (nome da instituição; data e número do contrato; canais de relacionamento; quantidade e valor das parcelas), em até cinco dias a partir da liberação do crédito ao cliente;
- Desistência: o consumidor passa em até sete dias úteis, a contar do recebimento do crédito, a poder desistir da contratação daquele crédito consignado. Neste caso, o valor total deverá ser restituído e acrescido de eventuais tributos incidentes sobre a operação;
- Pagamento da portabilidade ou refinanciamento do crédito: se o consumidor realizar a portabilidade ou refinanciamento da dívida em até 360 dias, o correspondente que intermediou a operação não poderá mais receber a remuneração;
- Antecipação da remuneração: toda vez que houver a portabilidade do contrato não será mais possível antecipar a comissão do correspondente;
- Avaliação no monitoramento: os bancos assumem o compromisso de avaliar o monitoramento na gestão do banco de dados de clientes, visando a melhor proteção dos mesmos;
- Auditoria independente: avaliação anual dos correspondentes por consultoria independente para aferir a qualidade do serviço prestado.
Quando aplicadas aos correspondentes, as punições poderão variar de advertência, suspensão temporária ou definitiva, a depender do número de ocorrências e da gravidade. A partir de seis ocorrências, a suspensão será definitiva. “É importante falar que, como o correspondente pode ser contratado por mais de um banco, se ele cometer alguma infração passível de suspensão temporária, todos os bancos terão que aplicar a mesma punição. Ou seja, o correspondente não poderá ser punido por um e continuar ofertando em nome de outro”, explicou.
Já para os bancos que não aplicarem as punições, o comitê gestor de governança que será criado para a fiscalização poderá aplicar advertências, multas, que variam de R$ 45 mil a R$ 1 milhão, por ocorrência ou até exclusão do sistema de autorregulação.