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Entenda como o corte da Selic afeta a sua vida

Fonte: Extra - 03/08/2023

03/08/2023 às 02h08

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) definiu, nesta quarta-feira (dia 2), a nova taxa básica de juros da economia, a Selic. A queda foi de 13,75% para 13,25% ao ano. A taxa estava no patamar de 13,75% desde agosto do ano passado, provocando queixas do presidente Lula e de empresários, já que os juros altos inibem investimentos e o consumo.
 
A taxa de juros deve iniciar um ciclo de queda, o que deve trazer algum alívio para quem hoje está endividado. Isso porque os bancos se baseiam na taxa Selic para definir os juros a serem cobrados nos empréstimos. Com o corte nos juros, espera-se que haja uma margem maior para renegociação de dívidas. Assim, fica mais fácil do brasileiro arcar com as parcelas de um empréstimo e o nível de inadimplência das famílias brasileiras tende a ser reduzido.
 
Diferentes empresas no país têm suas dívidas atreladas à Selic, por isso, há uma série de setores com alta sensibilidade à variação da taxa de juros. A taxa de juros do capital de giro aumenta e fica mais caro para o empresário pagar contas, contrair novas dívidas e ampliar negócios. Agora, com a redução da Selic, as empresas poderão ver o custo do crédito cair e podem se sentir mais encorajadas a fazer empréstimos e contrair dívidas.
 
O corte de juros também interfere no crédito imobiliário, que tende a ficar menos custoso. Isso porque o patamar da Selic serve de referência para os bancos definirem as suas taxas de juros. Assim, o brasileiro poderá contar com linhas de crédito mais acessíveis no mercado e as prestações da casa própria ficarão mais baratas.
 
A redução da taxa Selic tende a conceder algum grau de dinamismo à atividade, ainda que seu efeito não ocorra de forma imediata na economia. Esse movimento ocorre porque uma taxa de juros menor torna o crédito e os investimentos mais baratos. As famílias se sentem mais incentivadas a comprar bens de maior valor agregado, como carros e imóveis. Ou ampliam o consumo de outras despesas como viagens e eletrodomésticos, por exemplo.
 
Por último, a Selic também influencia as taxas das aplicações financeiras. Com a queda dos juros, os produtos de renda fixa tendem a perder atratividade ao longo do tempo. A tendência é que com o decorrer do ciclo de quedas, a renda variável volte a ganhar recursos.
 
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