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Empresário mostra menos pessimismo, revela estudo
04/11/2015 às 11h48O empresário brasileiro ficou um pouco menos pessimista na comparação entre o terceiro trimestre e o anterior. Mesmo assim, considera que os próximos 12 meses serão muito mais difíceis do que considerava na mesma altura do ano passado.
É o que indica o International Business Report (IBR), estudo da consultoria Grant Thornton que avalia as expectativas econômicas de 2.500 empresários de 36 países. Os executivos opinam somente sobre o seu país. No Brasil, foram aproximadamente 200 entrevistados, todos executivos de empresas com mais de 500 funcionários.
Em relação ao segundo trimestre, o salto brasileiro foi de 19 pontos percentuais, de 24% para 5%, o que, pela metodologia do IBR, significa que os empresários estão pessimistas, mas menos do que há três meses.
A situação, no entanto, é mais dramática quando se olha a comparação com o terceiro trimestre de 2014. De lá para cá, a variação foi de 35 pontos negativos, de 30% para os atuais 5%.
A média global de otimismo é de 38%.
A queda anual ajudou a manter o Brasil entre as dez nações mais cautelosas entre as que participam do estudo. Países como Grécia, Rússia e Turquia também estão na parte mais baixa da tabela.
Segundo Daniel Maranhão, sócio da Grant Thornton, os empresários brasileiros enxergaram nos últimos três meses uma diminuição da crise política. Essa é a razão da melhora entre trimestres. Mas a situação é tão instável que fica difícil fazer grandes prognósticos. "Se você perguntar sobre a crise política para eles hoje, talvez a resposta seja diferente", diz.
As dificuldades de diálogo entre governo e oposição acabam tendo reflexos na economia. Na avaliação dos executivos, a incerteza econômica é o fator que mais influenciará negativamente os negócios no ano que vem. Em seguida, estão o custo da energia, a flutuação cambial e a escassez de encomendas.
Por todos esses fatores, ainda não há entre os empresários a percepção de que o pior da crise já passou. "Enquanto não tivermos um cenário político mais claro, com a implantação do ajuste fiscal, não dá para prever, dizer que estamos no fundo do poço", afirma Maranhão.
Para efeito de comparação, a média de otimismo na América Latina é de 11%.
São 16 pontos a mais do que a atual nota brasileira. Na China, mesmo com a desaceleração, o otimismo está em 26%, ou 31 pontos percentuais a mais do que no Brasil.
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