Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Últimas
Notícias

Demissões na GM de São José já passam de 500, diz sindicato

13/08/2015 às 13h33

Total de metalúrgicos dispensados pela montadora a partir do último sábado era estimado pelo sindicato em 250 até o início da semana; empresa não revela números e recorre à Justiça contra a greve na fábrica

Xandu Alves
São José dos Campos - Atualizado às 20h

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José estima em mais de 500 o número de trabalhadores demitidos do complexo industrial da General Motors na cidade. Os desligamentos começaram no último sábado. Até a última segunda-feira, o número estimado pelo sindicato era 250 demitidos.
A montadora, que não divulgou o total de cortes, alega adequação do quadro de funcionários à “atual realidade do mercado” para “resgatar a competitividade”.
Os demitidos começaram a ser comunicados por telegrama, no sábado, o que levou o sindicato a aprovar uma greve por tempo indeterminado na fábrica, desde segunda-feira.
A tentativa é reverter as demissões na cidade, a exemplo do que ocorreu com a Volkswagen em São Bernardo, em janeiro deste ano. Lá, a montadora concordou com a readmissão de 800 metalúrgicos após 11 dias de greve.
“Somente a mobilização e a nossa força em resistir poderão reverter as demissões. Os trabalhadores sabem disso e estão dispostos a lutar”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Na sexta, o sindicato promete reunir trabalhadores da GM e seus familiares para uma passeata por ruas de São José para protestar contra as demissões.
A entidade tenta ainda envolver os governos municipal, estadual e federal na negociação com a montadora, que se nega a abrir diálogo com o sindicato nesse momento com a greve em andamento.

Reunião. Diretores do sindicato reuniram-se com o prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), que se comprometeu a tentar anular as demissões.
“Faremos um apelo para que empresa suspenda esse processo de demissão, que reveja as demissões e que faça uma negociação”, disse ele, também pedindo “bom senso” por parte do sindicato.
“A empresa e o sindicato precisam conversar para encontrar uma solução onde o trabalhador não seja prejudicado. Entendo também que não pode existir radicalismo por parte do sindicato.”
Carlinhos disse ainda que agendou para a próxima semana uma reunião com diretores da General Motors.
“Vamos pedir para que a montadora reveja as demissões e lembrá-la do acordo firmado anteriormente, onde existia perspectiva de investimentos na unidade de São José”, afirmou o petista.
Após uma hora de conversa com a prefeitura, Macapá afirmou que espera uma atitude “mais forte na defesa dos empregos” por parte de Carlinhos, incluindo lobby junto ao governo federal. Ele defende que o governo Dilma Rousseff baixe medida provisória garantindo estabilidade nos empregos em montadoras, que passam por uma crise.

Justiça. Na próxima segunda-feira, GM e sindicato irão se encontrar para audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, em Campinas, a primeira sobre a greve. Pedida pela montadora, a intervenção da Justiça irá avaliar a paralisação após as demissões promovidas pela multinacional.
Em nota, a GM lamentou a greve e disse que esgotou todas as alternativas para evitar as demissões, necessárias em razão da crise no mercado.





Compartilhar no

WhatsApp Facebook Twitter

RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies