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Daycoval tira proveito de hedge
08/08/2014 às 13h37Daycoval tira proveito de hedge O Banco Daycoval viu seu lucro líquido aumentar 8% no segundo trimestre, para R$ 66 milhões, beneficiado pela marcação a mercado de operações de hedge que gerou resultado positivo líquido de R$ 3,3 milhões. O crédito também cresceu, mas, a despeito de o foco da instituição ser o financiamento para empresas, foi a carteira de consignado que se destacou. O portfólio total, que inclui cessões, avais e fianças, avançou 3,6% no trimestre e 24,9% em 12 meses, alcançando R$ 11,075 bilhões. Somente a carteira de consignado subiu 47,2% em 12 meses, enquanto a de empresas teve alta bem mais modesta, de 16,4%. Com isso, o estoque de empréstimos consignados - que era equivalente à metade da carteira de empresas há um ano - chegou perto de 65%. No segundo trimestre, o estoque total de financiamentos a empresas era de R$ 6,243 bilhões, ante R$ 4,017 bilhões dos empréstimos com desconto em folha de pagamento. Um ano antes, as cifras eram de R$ 5,365 bilhões e R$ 2,728 bilhões, respectivamente. "Nosso objetivo é aumentar a exposição no segmento de empresas", destacou o banco. Segundo o diretor de relações com investidores do Daycoval, Ricardo Gelbaum, na relação trimestral a carteira de empresas já começa a mostrar melhor desempenho. "A originação de consignado já caiu, enquanto a originação em empresas cresceu", disse ao A originação de crédito para empresas foi de R$ 4,971 bilhões no período, com alta de 3,68%, enquanto em consignado ficou em R$ 729 milhões, com queda de 19,2%. A margem nas operações com empresas é superior, mas o banco havia se concentrado na modalidade com desconto em folha de pagamento atento aos riscos de inadimplência. De fato, o índice de créditos vencidos há mais de 90 dias ficou em 1,0%, com redução de 0,4 ponto percentual no trimestre e de 1,2 ponto em 12 meses. O diretor-executivo do Daycoval, Morris Dayan, destacou que o apetite das empresas não tem sido muito alto. "A demanda não está muito forte, mas a oferta de crédito não está muito abundante, então isso facilita um pouco mais para escolher as operações e manter uma margem interessante", disse. A margem líquida ficou em 12,2%, estável em relação ao primeiro trimestre e 0,2 ponto percentual acima do registrado há um ano. Gelbaum afirmou que a margem deve se manter nesses níveis. "Não tem mais espaço para melhorar, já temos apresentado uma margem mais elevada." A redução nas provisões para créditos de liquidação duvidosa também ajudou no segundo trimestre. A queda nessas despesas foi de 1,2% em relação ao primeiro trimestre e de 3,5% na comparação anual. O Daycoval vê impacto neutro das recentes medidas do Banco Central (BC) na instituição no que se refere à venda de carteiras, mas ajuda para o índice de Basileia. Segundo Dayan, o índice do banco pode crescer 1 ponto percentual no segundo semestre. |
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