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Custo de vida na capital paulista sobe 8% em 2015

10/08/2015 às 10h24

Habitação é o maior peso no aumento dos preços, seguida pela alimentação e educação

O custo de vida na capital paulista aumentou 0,95% em julho na comparação com o mês anterior, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 10%. O impacto é maior para famílias de baixa renda, para as quais a inflação acumulada é 11,78%. Em 2015, a taxa está em 8,05%.

No último mês, as maiores contribuições para a elevação do Índice de Custo de Vida (ICV) vieram dos grupos habitação (2,69%), alimentação (0,69%), educação (0,68%) e transporte (0,12%). No item que calcula despesas com moradia, por exemplo, o reajuste de 15,06% na tarifa de energia elétrica fez com a taxa do subgrupo operações do domicílio aumentasse 4,01%.

O segmento alimentação registrou alta em todos os subgrupos: alimentos in natura e semielaborados (0,94%), produtos da indústria alimentícia (0,50%) e alimentação fora do domicílio (0,44%). O destaque, entre os in natura, foi o item raízes e tubérculos. A cebola, por exemplo, apresentou alta de 7,05%, seguida pela batata (4,6%). Nos industrializados, o valor do leite longa vida teve aumento de chama de 4,16%. O chocolate, por outro lado, teve queda de 2,06%.

O grupo educação e leitura foi impactado pelo aumento do subgrupo educação (0,72%), especialmente pela alta no cursos formais (0,97%), tendo em vista o reajuste de 2,52% nos cursos universitários. No transporte, a alta decorreu do aumento da tarifa de ônibus interestadual (7,67%). Já o transporte individual diminuiu 0,14%, resultado da queda de 0,66% nos combustíveis.

O Dieese também calcula o custo de vida a partir da renda dos paulistanos, divididas em três partes. No primeiro estrato, com as famílias de baixa renda, a taxa ficou em 1,33%. O nível intermediário registrou alta de 1,05%. Para as de maior poder aquisitivo, o custo de vida subiu menos, 0,8%.

Acumulado de 12 meses - Os preços relacionados à habitação (16,16%) e alimentação (10,24%) foram os que registraram taxa acima do índice geral (10%) no acumulado de 12 meses. No primeiro grupo, o resultado decorre, principalmente, do subgrupo operação do domicílio (22,42%), que inclui os aumentos da tarifa de energia elétrica (74,67%), de água e esgoto (22,79%), de botijão de gás (10,09%), de serviços domésticos (9,4%) e do gás de rua (8,34%). Na alimentação, os destaque foram os produtos in natura e semielaborados (14,24%), seguidos da alimentação fora do domicílio (9,57%).

(Com Agência Brasil)



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