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Crédito imobiliário com recursos da poupança cai 49% no semestre

Dados foram divulgados pela Abecip. Queda do crédito para a compra foi de 47% e para construção, de 54%.

Fonte: G1 ECONOMIA - 26/07/2016 às 11h07

O volume de crédito para a construção e aquisição de imóveis caiu 49,5% no primeiro semestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado – de R$ 44,8 bilhões para R$ 22,6 bilhões. Os dados – que incluem apenas os recursos da poupança – foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

 

Os números se referem aos recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Considerando apenas o volume de financiamento para aquisição de imóveis, a queda foi de 47,7% no valor financiado, para R$ 17,5 bilhões. Entre essas aquisições, o volume de financiamento para imóveis novos caiu 37%, enquanto para os usados o recuo foi de 60%.


O volume de financiamento para a construção de imóveis teve um recuo ainda maior, de 54,9%, a R$ 5,1 bilhões.
Em janeiro, a projeção da Abecip para 2016 era de que os recursos somem R$ 60 bilhões para o crédito imobiliário (queda de 20,6% em relação a 2015).


De acordo com o presidente da associação, Gilberto Duarte de Abreu Filho, a queda do financiamento imobiliário com recursos do SBPE é reflexo do cenário econômico atual, com redução da oferta de crédito e queda da demanda por imóveis com na faixa do SBPE (com valor mais voltado à classe média).

 

Habitação popular
O volume de financiamento de imóveis com recursos do FGTS, ao contrário do SBPE, registrou aumento no primeiro semestre de 2016. O total passou para R$ 27,6 bilhões, um aumento de 1,3%.

 

“Esse mercado é diferente. A gente está nos pontos mais altos de financiamento da história. O mercado está muito aquecido nesse ramo, da habitação popular”, Abreu Filho.


Baixa inadimplência
A Abecip também divulgou dados sobre atrasos em prestações de financiamentos de imóveis. Segundo a associação, o crédito imobiliário é a linha com menor inadimplência do sistema bancário, e caiu para 1,8% em junho deste ano.

 

Abreu Filho credita o baixo índice à priorização pelas famílias aos pagamentos relacionados à casa própria. Foram considerados inadimplentes consumidores com mais de três parcelas em atraso.

 

Para comparação, Abreu Filho apontou que a taxa de inadimplência do cartão de crédito é de 8,4%, a de veículos, de 4,7% e a de crédito pessoal, de 4,4%.


Queda de 33% em 2015
No ano passado, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis caiu 33% na comparação com 2014. Foram destinados, no ano passado, R$ 75,6 bilhões em crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança dos agentes financeiros do SBPE.

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