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Volume somou R$ 5,9 bilhões em junho, aumento de 5,1% frente a maio. No 1º semestre, recursos ficaram 15,8% abaixo do mesmo período de 2014.O volume de empréstimos para comprar e construir imóveis no Brasil somou R$ 5,9 bilhões em junho, um crescimento de 5,1% em relação a maio, mas uma queda de 35,6% frente o mesmo mês de 2014, informou nesta quarta-feira (5) a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O volume financiado é o mais baixo desde fevereiro de 2013, quando foram destinados R$ 5,8 bilhões ao crédito imobiliário. Segundo a Abecip, o desempenho entre maio e junho refletiu "as medidas restritivas adotadas por parte dos agentes de mercado em face da redução dos recursos da poupança".
No primeiro semestre, foram destinados R$ 44,8 bilhões para aquisição e construção de imóveis, resultado 15,8% inferior ao mesmo período do ano passado. No período de 12 meses, até junho, o volume de empréstimos com recursos das cadernetas de poupança alcançou R$ 104,4 bilhões, queda de 7,4% ante os 12 meses do período anterior. Unidades financiadas caem 40% Em termos de quantidade, foram alocados recursos para construção e aquisição de 25,6 mil imóveis em junho, resultado 40,6% inferior ao registrado em junho de 2014. Comparado a maio deste ano, houve aumento de 26,3% no número de imóveis financiados.
No primeiro semestre, cerca de 200 mil imóveis foram financiados, queda de 22,1% em relação ao mesmo período de 2014. Nos últimos 12 meses, até junho, foram financiados 481,5 mil imóveis, correspondendo a um recuo de 11,1% em relação aos 12 meses precedentes. Captação líquida da poupança As sucessivas elevações da taxa básica de juros desde outubro do ano passado favoreceram a remuneração dos produtos concorrentes das cadernetas de poupança, em especial aqueles que utilizam a Selic como referencial de remuneração, segundo a Abecip.
Com isso, os depósitos de poupança dos agentes financeiros do SBPE registraram saídas ao longo do primeiro semestre deste ano. Em junho, a captação líquida foi negativa em R$ 7,1 bilhões. Apesar das retiradas de recursos no primeiro semestre, o saldo aplicado em depósitos de poupança superou em 3% o de junho de 2014, encerrando o mês em R$ 503,8 bilhões. Recursos do FGTS Para evitar uma retração ainda maior na oferta de financiamento imobiliário, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) liberou R$ 5 bilhões a mais no crédito disponível para a linha pró-cotista – voltada para quem tem conta ativa no FGTS e pelo menos 36 contribuições – oferecidas pela Caixa e Banco do Brasil. Apesar da liberação de mais recursos, o valor dos imóveis que podem ser financiados pela linha foi reduzido de R$ 750 mil para R$ 400 mil.
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