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Correspondente Bancário do Brasil atrai o interesse de outros países

14/06/2007 às 10h14

jornal Valor Econômico 13/06/2007 - Alex Ribeiro                  

A experiência dos correspondentes bancários começa a despertar o interesse
de outras economias emergentes, como o Líbano, a República Dominicana e o
Vietnã. Nos dois últimos dias, o Banco Popular do Brasil (BPB) e a Caixa
Econômica Federal receberam uma delegação da Índia, país com tradição no
microcrédito, mas que está atrás do Brasil na área de tecnologia bancária.

Ontem, o grupo de indianos, que incluía representantes do Banco Central
daquele país e de instituições que atuam na área de microfinanças, visitou
dois correspondentes do BPB na cidade satélite de Taguatinga, no Distrito
Federal. Anteontem, eles haviam assistido a uma detalhada exposição da Caixa
sobre o funcionamento dos correspondentes bancários, sobretudo os instalados
em casas lotéricas.

Ainda que a indústria de microfinanças na Índia não seja tão forte como em
Bangladesh - onde se disseminou graças a experiência do professor Muhammad
Yunus, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz -, o país tem bastante experiência
na área. Há projetos bem-sucedidos que datam da década de 1970. De forma
geral, porém, essa ainda é uma atividade intensiva de mão-de-obra e de baixa
produtividade. A maior parte da operações é feita por meio de grupos de
auto-ajuda, pequenas associações que reúnem de 10 a 20 pessoas.

"O modelo do BPB é levar serviços bancários à população de baixa renda de
forma massificada, com baixos custos operacionais", disse Marcello Lopes
Corrêa, gerente de microcrédito do BPB, que acompanhou a comitiva na visita
a um correspondente bancário. Os indianos ficaram interessados em saber como
a instituição cortou custos fixos e criou sinergias ao instalar
correspondentes em lojas comerciais. Também fizeram muitas perguntas sobre a
tecnologia de cartões, produtos e comunicações.

Na Caixa, além das loterias, houve muitas perguntas sobre o funcionamento
das contas simplificadas, destinadas a clientes de baixa renda. Os indianos
quiseram saber como o banco oferece serviços bancários sem cobrar tarifas e
pediram detalhes sobre o controle de risco e da inadimplência nas operações
operações massificadas de microcrédito.

A tecnologia bancária da Caixa já despertou o interesse de outros países. A
instituição mantém um acordo de cooperação técnica com o Líbano, dentro do
programa de reconstrução do país, atacado no ano passado por Israel. No
caso, o interesse é no sistema automatizado de pagamento de benefícios
sociais.

Depois dos ataques de Israel no sul do Líbano, várias regiões do país
ficaram isoladas, e eles tiveram dificuldades para fazer os pagamentos dos
programas de transferência de renda", explica o gerente nacional de relações
internacionais da Caixa, Luiz Felippe Pinheiro Júnior. "Os libaneses
planejam instalar um sistema de correspondentes bancários parecido com o do
Brasil."

Na República Dominicana, há um programa de distribuição de renda que só
atinge um público de 200 mil pessoas, de um público potencial de 2 milhões
de pessoas. O país firmou convênio com a Caixa para replicar o sistema de
pagamento do Bolsa Família, que atinge 11 milhões de pessoas. Delegações
chinesas demonstraram interesse pelo sistema de loterias, administrado pela
Caixa.

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