Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Últimas
Notícias

Conta bancária para jovem sim; cartão de crédito, não

06/08/2015 às 10h24

Se você quer que seu filho ou filha que faz faculdade aprenda a gerenciar dinheiro, dê a ele, ou ela, um talão de cheques em vez de um cartão de crédito. Na verdade, uma pesquisa recente com 42 mil alunos no primeiro ano da faculdade constatou que quanto mais cedo os adolescentes têm acesso a cartões de crédito, menos preparados eles se sentem para gerenciar seu próprio dinheiro na universidade.

Aqueles que tinham contas bancárias, por outro lado, mostraram-se "bem mais preparados" para cuidar de suas finanças do que aqueles que não tinham contas antes de ingressar na faculdade. É o que diz o estudo conduzido pela companhia de tecnologia de ensino EverFi e patrocinado pela empresa de serviços financeiros Higher One.

As constatações casam com a experiência de Janet Bodnar. Editora da "Kiplinger's Personal Finance" e mãe de três universitários, ela vê os cartões de crédito para estudantes universitários como perigosos e desnecessários. Os jovens precisam ter quantias limitadas de dinheiro para aprender habilidades essenciais como definir orçamentos e monitorar suas contas, diz Janet, autora do livro "Raising Money Smart Kids".

O ideal é que os estudantes comecem com uma conta corrente no ensino médio para aprender a gerenciar a renda obtida com os primeiros empregos. Segundo Janet, crianças que não gastam seu próprio dinheiro sempre têm uma definição flexível do que constitui uma crise financeira.

"Uma emergência é precisar de um vestido para uma festa na república das meninas, ou pagar uma pizza para os amigos porque ninguém tem dinheiro", diz ela. "Você pensa no plástico... como uma conveniência. Os garotos acham que ele é uma linha direta com seu bolso."

A colunista de finanças pessoais Kathy Kristof, que também escreve para a "Kiplinger's" e tem dois filhos universitários, está do outro lado da cerca. Ela acha que o cartão de crédito pode fazer sentido para algumas famílias. "Para pais que conhecem seus filhos e os ensinaram como lidar com o dinheiro, ele pode tornar sua vida mais fácil", explica ela.

Geralmente os universitários podem se qualificar para ter seus próprios cartões de crédito, sem precisar da assinatura de um dos pais ou de um histórico de crédito, quando eles completam 21 anos. Se os pais quiserem ajudar um filho a construir um histórico de crédito antes disso, eles podem acrescentar esse filho, ou filha, ao seu próprio cartão de crédito como "usuário autorizado" os pais devem entrar em contato com o emissor do cartão e perguntar se ele vai exportar o histórico de crédito para o relatório de crédito do filho, uma vez que alguns cartões fazem isso apenas para cônjuges.

Kathy deu cartões aos dois filhos, um já formado e o outro ainda fazendo a faculdade, para o pagamento de passagens de avião para casa e cobrir emergências. "Estou feliz por ter filhos como usuários autorizados, porque posso ver o que eles estão fazendo e tirar o cartão deles se vir que estão abusando", diz Kathy.

Até agora, sua filha sempre a consultou antes de usar o cartão. O filho, porém, às vezes usa sem pedir, mas avisa Kathy e a paga antes do vencimento da fatura.

Kathy diz que não deixaria um filho ter um cartão de crédito se ela não pudesse ter acesso às contas. Até mesmo um universitário responsável pode se distrair e esquecer-se de consultar o saldo ou fazer um pagamento na data. Nos Estados Unidos, um simples pagamento perdido pode devastar a pontuação de crédito.

"O que você não vai querer fazer é colocar um filho na situação em que ele poderá ter problema de crédito antes de sua vida realmente começar", afirma Kathy.

Janet alerta que estudantes que gastam todo o seu dinheiro precisam dar uma boa explicação aos pais de por que eles precisam de mais dinheiro, e não apenas uma desculpa para o que eles já gastaram com um cartão de crédito. "Se eles realmente precisarem de dinheiro, haverá muitas maneiras de conseguirem rapidamente", acrescenta Janet, como transferências bancárias ou um sistema como o PayPal ou o Venmo. (Tradução de Mario Zamarian)




     


Compartilhar no

WhatsApp Facebook Twitter

RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies