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Consórcios de bens móveis duráveis tendem a crescer
Estatísticas apontam cenário positivo para promotoras de crédito e correspondentes no país
23/08/2017 às 09h08A utilização dos créditos em mobiliários, como sofás, armários, camas e jogos para cozinha, está em destaque na preferência de contemplados em sorteios de consórcios. Esse é o resultado de recente levantamento realizado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) entre as associadas que atuam no segmento de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.
O segmento de mobiliário lidera, com 39% dos contemplados, seguido pelo de eletrodomésticos da linha branca, como lavadoras de roupas, refrigeradores e fogões, com 28%; e de eletroeletrônicos, como notebooks e celulares de última geração, com 21%. Os 12% restantes incluíram todos os outros bens, como bicicletas elétricas e instrumentos musicais.
Em decorrência da crise econômica, o comportamento do consumidor tem revelado mudanças nos últimos dois anos. Essa é a conclusão da análise do período compreendido entre julho de 2015 e junho de 2017. De acordo com a avaliação divulgada pela Abac nesta terça-feira (22 de agosto), há pouco mais de dois anos, os eletrodomésticos detinham 36,5% de participação no segmento e, em junho último esta caiu para 28%. Em contrapartida, o de mobiliário, que tinha 24,9% em julho de 2015, neste último levantamento atingiu 39%.
Assim como os eletrodomésticos, também os eletroeletrônicos mostraram retração no período, passando de 29,8% para 21%. Todos os demais segmentos, no entanto, reagiram positivamente, partindo de 8,8% e chegando a 12% este ano.
A entidade ainda destaca que nesse intervalo de 24 meses houve crescimento na comercialização de novas cotas: em 2015 totalizou pouco mais de 13 mil; em 2016 houve elevação para a casa das 18 mil e, agora, nesse primeiro semestre de 2017, já acumulou 8,9 mil quotas comercializadas. A previsão é que, se mantido o ritmo atual de vendas, estas totalizem 17,8 mil até dezembro.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, “ficou claro que o consórcio, com o crescente número de adesões, continua sendo o mecanismo escolhido quando o objetivo é adquirir bens dessa natureza, com planejamento financeiro, que é a essência do consórcio, parcelas acessíveis ao orçamento mensal e a certeza do cumprimento das obrigações assumidas, com foco nos conceitos da educação financeira”.
Os créditos e as parcelas são corrigidos de acordo com as regras estabelecidas no contrato de adesão. “Isto permite ao consorciado manter seu poder de compra e, após a contemplação e com o crédito em mãos, usar o poder de barganha e de obter descontos de quem paga à vista”, finaliza.