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Confiança do construtor tem leve alta
O avanço, de apenas 2,1 pontos, interrompe uma sequência de 29 quedas, mas não será o bastante para reverter a situação desafiadora dos empresários
Fonte: DCI - 27/05/2016 às 10h05São Paulo - O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 2,1 pontos em maio na comparação com abril, para 69,1 pontos, na série com ajustes sazonais, disse a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Esse é o maior nível do indicador desde dezembro de 2015, quando ficou em 69,4 pontos. Com o resultado, a média móvel trimestral do índice cresceu 0,8 ponto na margem, interrompendo a sequência de 29 quedas consecutivas desde dezembro de 2013 nesta forma de avaliação. De acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado no setor. "Em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão".
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Em maio, a alta do índice decorreu da melhora da percepção do empresariado em relação à situação futura dos negócios. O Índice de Expectativas (IE) avançou 5,7 pontos, para 77,9 pontos. O resultado do IE refletiu principalmente a alta do indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses.
O Índice da Situação Atual (ISA), por outro lado, manteve a tendência observada desde janeiro de 2016. O indicador recuou 1,5 ponto, alcançando novo piso histórico aos 60,9 pontos. O destaque de baixa é o componente que capta a percepção em relação à situação atual dos negócios, que apresentou baixa de 3,5 pontos ante o mês anterior.
Na opinião da pesquisadora, os empresários se tornaram menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. "No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses."