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Confiança de brasileiro atinge segundo pior nível em 10 anos

10/06/2015 às 12h46


A confiança do consumidor brasileiro segue em patamares baixos. É o que mostra o Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado nesta terça-feira pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em maio, o índice atingiu 106 pontos ante 104 em abril — resultado que está dentro da margem de erros (três pontos percentuais).

A marca atingida em maio deste ano fica abaixo do índice obtido no mesmo mês de 2014, quando o INC foi de 137 pontos — quanto mais próximo de 100 pontos, maior é o nível de pessimismo.

O índice apurado em maio deste ano é o segundo pior desde que a pesquisa começou a ser feita, em abril de 2005. A pontuação de abril de 2015 — 104 pontos — é o recorde histórico, segundo a ACSP. Até então, o pior nível tinha sido de 111 pontos, em agosto de 2005.

Pelo índice de maio, as classes D e E se tornaram as mais otimistas, posto antes ocupado pela classe C. Nas classes mais baixas, a confiança atingiu 116 pontos em maio contra 107 em abril. Já a confiança da classe C ficou estável em 108 pontos em maio, um ponto a menos em relação ao índice de abril. Na contramão, a confiança das classes A e B permaneceu na linha que indica pessimismo (abaixo de 100 pontos) e bateu 84 pontos em maio, ante 86 em abril.

Expectativas

Conforme o INC, em maio, o consumidor brasileiro estava mais inseguro quanto a emprego, investimento no futuro e compra de produtos de médio e grande valor. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados apontaram insegurança em relação a emprego, percentual que era de 36% em abril. Em maio, 26% se declararam seguros, ante 28% no mês anterior.

Os brasileiros também mostraram menos otimismo quando o assunto é economizar para aposentadoria ou estudos dos filhos, por exemplo. Em maio, 47% estavam menos confiantes, percentual que era de 40% em abril.

A compra de itens de maior valor, como carro e casa, está mais distante para boa parte dos consumidores. Segundo a pesquisa da ACSP, em maio, 59% dos consumidores estavam menos à vontade para adquirir esses bens mais caros, sendo que em abril o percentual era de 53%. A perspectiva para compras de menor valor também não é animadora: o percentual de brasileiros que não estavam à vontade para adquirir eletrodomésticos, por exemplo, subiu de 42% em abril para 51% em maio.

Situação financeira

Em maio, 40% dos entrevistados disseram que a sua situação financeira pessoal era ruim (ante 32% em abril) e boa para 35% (mesmo percentual de abril).

Em relação ao cenário econômico para os próximos seis meses, 32% dos brasileiros disseram, em maio, que a economia ficará mais fraca, percentual que era de 28% em abril. A parcela dos que acreditam em fortalecimento da economia caiu de 27% em abril para 25% em maio.

Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos, o Índice Nacional de Confiança (INC) foi apurado com base em 1.200 entrevistas pessoais entre os dias 15 e 28 de maio em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.




 


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