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Combate à inflação precisa de determinação e perseverança afirma BC
12/06/2015 às 16h03A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, reitera a mensagem de vigilância na condução da política monetária e agrega duas novas palavras-chave: determinação e perseverança. "Conforme antecipado em notas anteriores, esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”, diz a ata divulgada hoje. As palavras determinação e perseverança já vinham sendo utilizadas pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, e diretores da instituição em pronunciamentos públicos. O Copom reafirmou que “avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido”, mas voltou a ponderar que “os avanços alcançados no combate à inflação — a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo — ainda não se mostram suficientes”. O colegiado observa que alguns dados “confirmam o início de um processo de distensão do mercado de trabalho”, mas toma com um grau de cautela as novas informações, reafirmando que será preciso considerar mais dados, e alerta sobre o risco de concessão de aumento de salários incompatíveis com os ganhos de produtividade. “A dinâmica salarial ainda permanece originando pressões inflacionárias de custos.” O BC também nota uma expansão moderada do crédito, de modo que, nos últimos trimestres, são percebidas uma redução de exposição por parte de bancos e uma de alavancagem das famílias. “No agregado, portanto, infere-se que os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados”, diz a ata. A autoridade monetária trabalha com uma projeção de crescimento de 11,3% para o mercado de crédito neste ano, após alta de 11,3% em 2014. Esse dado pode ser revisado ainda este mês. Há sinais de moderação ainda no consumo privado, como aponta o Copom, que ressalva que o consumo das famílias tende a se estabilizar devido a fatores como emprego, renda e crédito, e que os investimentos tendem a ser favorecidos pelos financiamentos imobiliários, concessões de serviços públicos e ampliação da renda agrícola. Segundo o BC, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar à medida que a confiança das empresas e das famílias se fortaleça.
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